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CCJ do Senado aprova aumento de cotas para pretos e pardos em concursos

O projeto tramita em caráter terminativo e agora segue direto para análise da Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na última quarta (08/05), por 17 votos favoráveis contra 8 em desfavor, o Projeto de Lei 1.958, de 2021, que prorroga por mais 10 anos a política de cotas raciais para concursos públicos e processos seletivos para a administração pública federal, direta e indireta, incluindo fundações privadas e autarquias.

Foto: Ascom/ Senado Federal
CCJ

Próximos passos

Como o projeto tramita em caráter terminativo, ele segue direto para análise da Câmara dos Deputados, sem precisar da aprovação do plenário do Senado.

O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), rejeitou as quatro emendas apresentadas pelos senadores Sérgio Moro (União-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Plínio Valério (PSDB-AM) e Rogério Marinho (PL-RN), que se manifestaram contra o projeto.

Para Costa, as emendas prejudicam a política de cotas raciais conforme previsto no projeto de lei. A CCJ ainda rejeitou todos os destaques apresentados pelos senadores contrários à matéria, mantendo o texto do relator Humberto Costa.

Pretos e pardos

A única alteração aceita pelo relator foi uma mudança de redação para trocar a palavra “negro” por “preto e pardo” após manifestação do senador Plínio Valério, que defendeu que pardo não seria o mesmo que negro.

Oposição

Parte dos senadores se opôs à matéria, principalmente sob o argumento de que as cotas deveriam ser apenas sociais, baseadas no nível de renda, e não com base na raça.

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