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Goleiro Cássio desabafa por não encontrar escola para filha autista não verbal

"Corta o coração", relatou o jogador do Cruzeiro através das redes sociais

Em um relato emocionante e sincero, o goleiro Cássio, ídolo do Corinthians e da seleção brasileira, revelou através de suas redes sociais a luta que enfrenta para garantir educação à sua filha, Maria, que é autista não verbal. O atleta denunciou que a menina tem sido sistematicamente recusada por instituições de ensino em Belo Horizonte – mesmo quando a família oferece todo o suporte necessário.

Em publicação feita no Instagram, Cássio expôs a dor de ser rejeitado repetidamente ao tentar matricular a filha:

"Hoje, como tantos outros pais de crianças autistas não verbais, venho compartilhar algo muito doloroso. Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita."

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Goleiro Cássio desabafa por não encontrar escola para filha autista não verbal

O jogador explicou que a filha conta com uma profissional especializada que a acompanha desde os dois anos de idade,  uma cuidadora que veio com a família de São Paulo, conhece profundamente a menina e teria condições de auxiliá-la em sala de aula sem interferir no andamento das aulas. Ainda assim, as escolas recusam a proposta.

"Muitas vezes somos chamados para conversar, eu e minha esposa vamos até a escola, explicamos tudo, mostramos disposição em colaborar. No final, a resposta é sempre negativa" , desabafou.

Cássio destacou a ironia de que a recusa partiu justamente de escolas que se promovem como "inclusivas". "O mais triste é ouvir isso justamente de escolas que se apresentam como 'inclusivas', que dizem aceitar todos os tipos de crianças. A realidade, no entanto, é bem diferente" , criticou.

A situação só não se tornou ainda mais grave porque uma única escola aceitou receber Maria. "Se não fosse por uma única escola ter aceitado a minha filha, a Maria simplesmente não teria como estudar em Belo Horizonte" , relatou.

O desabafo do atleta traz à tona a dificuldade que muitas famílias enfrentam ao buscar inclusão de fato no ambiente escolar. O goleiro finalizou com um apelo por mais empatia e ação: "Como pai, ver sua filha rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude. E ainda estamos muito longe de viver isso de verdade."

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