Bebês podem morrer no fim da gestação? Entenda causas e sinais de alerta

A morte de um bebê ainda no útero, especialmente nas últimas semanas da gestação, é um acontecimento devastador e, apesar de raro, pode acontecer. Nos últimos dias, perdas gestacionais vividas por figuras públicas reacenderam a discussão sobre o tema e despertaram preocupação em muitas gestantes.

O termo técnico utilizado nesses casos é óbito fetal intrauterino, que se refere à morte do feto após a 20ª semana de gravidez, ainda dentro do útero materno. Diferentemente do que muitos pensam, não se trata de “aborto tardio”, mas sim de uma perda gestacional em estágio avançado.

Embora gestantes realizem acompanhamento médico regular, em alguns casos, mesmo uma gravidez aparentemente saudável pode terminar de forma trágica e repentina. Dados do Ministério da Saúde indicam que a taxa média de óbito fetal no Brasil é de 1,1%, ou seja, de 8 a 10 casos a cada mil nascimentos.

Causas mais comuns

As principais causas para esse tipo de perda variam, mas geralmente estão associadas a condições de saúde da gestante ou do bebê. Entre as mais recorrentes estão:

• Diabetes gestacional ou pré-existente
• Infecções, como sífilis e infecção urinária não tratada
• Hipertensão e pré-eclâmpsia
• Problemas genéticos ou malformações fetais
• Distúrbios da coagulação, como a síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF)

Mesmo com o pré-natal adequado, nem sempre é possível identificar ou prevenir a causa da morte. Em alguns casos, mesmo após exames e investigação médica, o motivo permanece desconhecido — o que caracteriza o chamado óbito fetal súbito.

Sinais de alerta: quando procurar ajuda

O principal sinal de alerta para gestantes é a redução ou ausência de movimentos do bebê. Durante o terceiro trimestre, é comum que a grávida reconheça os padrões de movimentação do feto. Caso perceba uma mudança significativa — especialmente uma ausência prolongada de movimentos —, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente.

Outros sintomas que podem indicar problemas incluem:

• Sangramentos
  
• Contrações antes do tempo
  
• Pressão alta
  
• Dores abdominais incomuns