Plataformas piratas de streaming saem do ar no Brasil após decisão na Argentina

Nos últimos dias, uma decisão judicial vinda da Argentina provocou um apagão nas principais plataformas piratas de streaming utilizadas por brasileiros. Mais de 30 serviços ilegais foram desativados após a derrubada dos servidores hospedados no país vizinho, segundo informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Entre os aplicativos afetados está o My Family Cinema, bastante popular no Brasil e conhecido por oferecer catálogos extensos de filmes e séries sem autorização das distribuidoras. A ação é resultado de uma operação argentina voltada ao combate de redes ilegais de distribuição de conteúdo audiovisual, com apoio de entidades internacionais de defesa dos direitos autorais, como a Aliança Contra a Pirataria Audiovisual (ALIANZA).

Embora a Anatel não tenha participado diretamente da operação, a agência reconhece o impacto da medida e reforça que o consumo de plataformas piratas representa riscos reais ao usuário. Além de violar a legislação, o acesso a esses serviços pode expor dados pessoais e abrir brechas para ataques cibernéticos.

Nos últimos meses, a Anatel vem intensificando o combate à pirataria digital, com foco nos aparelhos conhecidos como TV Box, popularmente chamados de “gatonet”, e em novas iniciativas de monitoramento tecnológico. A agência, inclusive, inaugurou um laboratório específico para identificar e bloquear equipamentos e serviços ilegais.

Como jornalista e entusiasta do universo tech, vejo esse movimento como mais um passo no esforço conjunto entre países para frear a pirataria digital, que ainda domina uma fatia expressiva do mercado de entretenimento online.

O impacto imediato foi sentido por milhões de usuários, mas a longo prazo, a medida reforça uma mensagem clara: o streaming ilegal está perdendo espaço, e as autoridades estão mais conectadas do que nunca no combate a ele.