Piauí prepara modelo de monetização de ativos ambientais inspirado no Tocantins
Estado quer transformar preservação em renda para comunidades do Cerrado e da Caatinga
Durante participação na COP 30, o governador Rafael Fonteles destacou que o Piauí está desenvolvendo um modelo de monetização dos ativos ambientais, com o objetivo de transformar a preservação da natureza em fonte de renda para as populações que vivem e protegem os biomas do Cerrado e da Caatinga.
De acordo com o governador, a iniciativa tem como parceiros a Mercúria e a Sistêmica, empresas que já colaboram em projetos semelhantes no Tocantins. A proposta é adaptar o modelo à realidade piauiense, valorizando os esforços do estado na redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Queremos que o esforço do Piauí em reduzir as emissões se traduza em recursos para quem protege o meio ambiente. Isso inclui o pagamento por serviços ambientais, o incentivo à bioeconomia, à restauração de áreas degradadas, à agricultura sustentável e à inovação”, explicou Fonteles.
O governador afirmou ainda que a expectativa é de que até o final do próximo ano o estado já tenha créditos de carbono certificados e prontos para serem negociados no mercado internacional.
Fonteles ressaltou que o projeto está alinhado com as prioridades do governo federal, sob a liderança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente Lula. “O Piauí está se preparando para ter um mercado de crédito de carbono mais robusto e eficiente, capaz de gerar renda e melhorar a qualidade de vida das populações que cuidam da nossa biodiversidade”, concluiu.