Quando a mentira tenta encobrir o orgulho de ser piauiense
Orgulho que não se inventa — se constrói com trabalho e verdade
Há quem prefira o estrondo da mentira à serenidade dos fatos. Pois bem: a mais nova peça de ficção política que circula nas redes sociais diz que o governo do Piauí teria gasto R$ 13 milhões na compra de bandeiras para o Dia do Piauí. É uma dessas invenções que se espalham com a velocidade da ignorância e a má-fé de quem já acorda procurando um escândalo para chamar de seu.
Mentira. Redonda. Descarada. Fabricada.
O número de R$ 13 milhões não corresponde a nenhum gasto efetivo. Ele aparece em uma ata de registro de preços, instrumento legal e transparente que serve para registrar o menor preço obtido numa licitação — não para executar despesa. A ata existe para garantir economia futura, permitindo que o governo, se e quando precisar de determinado item, compre pelo valor mais vantajoso já licitado.
Ou seja: não há gasto algum no momento do registro. Nenhum centavo saiu do cofre público. A ata é uma ferramenta de planejamento, não de despesa. Só quem ignora — ou finge ignorar — o básico do funcionamento da máquina pública é capaz de confundir (ou distorcer) isso.
No caso em questão, o pregão mencionado não foi feito para a campanha do Dia do Piauí, tampouco pela Secretaria de Administração (Sead), como as postagens afirmam. A campanha foi conduzida pela Secretaria de Comunicação (Secom), por meio das agências de publicidade licitadas pela própria pasta, seguindo os trâmites normais e dentro dos limites contratuais vigentes.
O famigerado pregão que virou manchete de fake news gerou apenas dois contratos efetivos, e ambos muito distantes da fábula dos R$ 13 milhões:
GLOBAL Indústria e Comércio Ltda: R$ 94.842,50
Viana Comércio e Serviços Esportivos: R$ 70.021,00
Soma-se tudo e se chega a pouco mais de R$ 164 mil reais, não aos treze milhões inventados. A diferença entre o fato e a farsa é de quase cem vezes o valor real — mas, claro, a mentira é sempre mais saborosa para quem se alimenta de ódio e preguiça intelectual.
É curioso notar: quando o estado avança, surgem os que tentam desacreditar o avanço. O Piauí hoje é referência em educação, lidera o Nordeste em desempenho escolar e já colhe frutos concretos na economia, na saúde e na segurança. Mas há quem prefira ver conspiração em tudo — até em um pedaço de tecido com o símbolo do estado.
A iniciativa de fixar bandeiras, aliás, tem um sentido nobre: celebrar a identidade e o pertencimento do povo piauiense. É o gesto simples de quem se orgulha do próprio chão. Mas em tempos de milícias digitais, até o orgulho virou suspeito.
No fim, o episódio das bandeiras revela mais sobre os que mentem do que sobre os que trabalham. Há quem tremule falsidades nas redes; o governo, este, tremula a verdade — com as cores do Piauí, firmes ao vento. Porque, no Piauí, o verde, o azul e o amarelo não são só tintas no pano. São a prova viva de um estado que se reconhece, que cresce e que não se dobra diante da mentira.
CONFIRA A SEGUIR OS DOCUMENTOS QUE EMBASAM A LEGALIDADE DO TRÂMITE: