Acusada de matar irmãos com cajus envenenados em Parnaíba pode ser inocentada
Informações foram repassadas pelo Fantástico; padrasto da mãe das vítimas deve ser investigado
Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, acusada de ter assassinado dois irmãos com cajus que estavam supostamente envenenados em Parnaíba pode ser inocentada. Um novo laudo pericial aponta que não havia veneno nos cajus que foram consumidos pelas vítimas. A informação foi dada em primeira mão pelo programa Fantástico, da Rede Globo.
Os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7, foram mortos em 2024 e Lucélia, vizinha das crianças, foi presa, apontada como principal suspeita. Após sua prisão, populares atearam fogo em sua residência. Porém, cinco meses depois, o novo laudo pericial indicou que não havia nenhuma substância nos cajus ingeridos pelas vítimas, o que pode levar à inocência da acusada.
O laudo foi emitido após Francisco de Assis da Costa, padrasto de Francisca Maria da Silva, de 32 anos, mãe das vítimas, ser preso suspeito de envenenar a família com chumbinho em uma festa de ano novo. Francisca, Miguel dos Santos, de 18 anos, Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane, de 3 anos morreram. A substância utilizada no crime teria sido chumbinho, a mesma que teria sido usada para matar Ulisses Gabriel e João Miguel em 2024.
A suspeita é de que Francisco tenha envenenado um baião de dois que foi consumido pelas vítimas. Durante as investigações, o suspeito revelou guardar um forte desprezo pela enteada e por seus filhos, se referindo à família com termos pejorativos como "primatas". Além disso, um baú contendo conteúdo nazista e que era de propriedade de Francisco foi encontrado. Ele nega corroborar com a ideologia de extrema-direita. Agora ele deve ser investigado como novo suspeito de assassinar os irmãos Ulisses e João Miguel. O advogado de Lucélia disse que irá entrar com pedido de liberdade em favor de sua cliente.
Veja a matéria exibida no Fantástico: