Cajus ingeridos por crianças em Parnaíba serão periciados após prisão de suspeito
Segundo o Instituto de Criminalística, os casos apresentam um padrão de envenenamento por Terbufós
O Instituto de Criminalística do Piauí vai realizar uma nova perícia nos cajus consumidos pelos irmãos João Miguel e Ulisses Silva, que morreram envenenados em agosto de 2024, em Parnaíba. A decisão foi tomada na última quarta-feira (08/01) após a prisão de Francisco de Assis Pereira, padrasto da mãe das crianças, suspeito de envenenar toda a família no dia 1º de janeiro.
De acordo com o perito-geral Antônio Nunes, todos os casos apresentam um padrão de envenenamento por Terbufós, um pesticida altamente tóxico. Ele afirmou que não há dúvidas de que o envenenamento aconteceu dentro da casa da família, já que os alimentos doados foram testados e não apresentaram toxinas.
Francisco de Assis, segundo a polícia, fingiu consumir a mesma comida que o restante da família no dia do envenenamento. Apesar de ter ido ao hospital com sintomas semelhantes, ele foi o primeiro a receber alta e não apresentava sinais de intoxicação.
Todos os laudos do Instituto Médico Legal (IML) confirmam a presença do pesticidaTerbufós nas vítimas, que também apresentaram sintomas de envenenamento. A polícia ainda não aponta a motivação do crime, já que considera cedo para tirar conclusões. Um exame psiquiátrico-forense para avaliar possíveis traços de psicopatia foi solicitado.