Plantão Policial

Delegado Francisco Bernardone é preso e demitido da Polícia Civil do Piauí

Conhecido também como ‘China’, ele foi expulso do quadro da polícia nesta sexta

O delegado e ex-prefeito de do município de Aroazes, Francisco Bernardone da Costa Valle, conhecido como ‘China’, foi demitido do quadro da Polícia Civil do Piauí,  em decisão publicada no Diário Oficial do Estado do Piauí nesta sexta-feira (31/05).

Foto: Reprodução
Delegado Francisco Bernardone

Ele foi condenado por homicídio contra o prefeito de Aroazes, Manoel Portela, no ano de 1996. Alem disso, ele também foi condenado pelo crime de tentativa de homicídio contra o servidor da Justiça do Trabalho Milton César Correia da Silva.

Trecho da decisão:

"Pelos fatos expostos no presente processo disciplinar, ressaltando que não foram apresentados motivos plausíveis ou de força legal que ilidam a responsabilidade administrativa do servidor imputado, por ter ser condenado criminalmente pelo crime de homicídio qualificado e por tentativa de homicídio qualificado onde o mesmo teve que cumprir pena de reclusão em regime fechado, onde tudo isso resta com mais razão incompatível com a função uma vez que o mesmo ao ficar recluso não poderia exercer presencialmente a função de delegado de policia civil"

Entenda o caso

Atualmente, Bernardone estava lotado no Instituto de Identificação da Polícia Civil.

A expulsão se dá 28 anos após o crime, que segundo as investigações da época, que foram presididas pelo delegado Francisco Costa, o Baretta, teve motivações políticas.

Bernardone foi preso preventivamente em 2003 após as investigações o apontarem como mandante do crime.

Ele conseguiu, em seguida, um habeas corpus no Tribunal de Justiça e foi solto. Ele foi candidato e venceu as eleições a prefeito de Aroazes em 2004. No entanto, ele voltou a ser preso após uma reforma da decisão pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ele chegou a ficar preso no 1º Distrito Policial e foi escoltado por policiais para tomar posse como prefeito de Aroazes. Ele chegou a ter uma cela adaptada para despachar os processos da prefeitura. Em seguida, ele conseguiu outro habeas corpus para o cumprimento do seu mandato como prefeito. Em 2010, o Tribunal de Justiça o condenou a oito anos e oito meses de prisão pelo homicídio.

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