Policial acusado de aplicar golpes contra colegas de farda em Teresina vira réu
O PM causou prejuízo de aproximadamente R$ 240 mil ao induzir as vítimas a realizarem investimentos
O cabo Leonardo Geyson de Sousa Silva , da Polícia Militar do Piauí, foi denunciado novamente pelo crime de estelionato, sendo acusado de aplicar golpes financeiros em colegas da corporação. Segundo o Ministério Público, o policial causou prejuízo de aproximadamente R$ 240 mil ao induzir as vítimas a realizarem investimentos fraudulentos.
A denúncia, assinada pela promotora Gianny Vieira de Carvalho, foi recebida na última sexta-feira (21/02) pela juíza Lisabete Maria Marchetti, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.
Esquema de fraude
De acordo com a ação penal, Leonardo Geyson aplicou os golpes contra dois policiais militares e contra a mãe de um deles , convencendo-os a transferir quantias significativas sob a promessa de altos lucros na Bolsa de Valores.
Os valores transferidos foram:
- R$ 150 mil por um dos policiais;
- R$ 54 mil pelo outro policial;
- R$ 40 mil pela mãe de um dos PMs.
As transferências ocorreram ao longo de 2023. A promotora destacou na denúncia que o acusado utilizou a promessa de "lucros elevados e de fácil acesso", um indício comum em esquemas fraudulentos.
Prisão preventiva e pedido de indenização
Leonardo Geyson encontra-se preso preventivamente em razão das acusações. Além disso, o Ministério Público solicitou à Justiça que o réu seja condenado a pagar indenização mínima de R$ 350 mil, cobrindo danos materiais e morais sofridos pelas vítimas.
A juíza Lisabete Marchetti verificou que a denúncia continha todos os elementos necessários e designou a audiência de instrução e julgamento para o dia 10 de março. Na sessão, serão ouvidas as vítimas, testemunhas e o próprio acusado. A magistrada também decidiu manter a prisão preventiva de Leonardo Geyson.
Esta não é a primeira vez que o cabo da PM se torna réu por estelionato. Ele responde a outro processo por um golpe semelhante, no qual teria se apropriado indevidamente de R$ 37 mil de outra vítima. Além disso, enfrenta uma ação judicial por deserção, conforme previsto no Código Penal Militar.