Plantão Policial

'Prova frágil', diz advogado de suspeita de envenenar crianças em Parnaíba

Desde agosto de 2024, ela estava presa na Penitenciária Feminina de Teresina

Lucélia Maria, suspeita de envenenar e matar os garotos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel da Silva, de 7 anos, em Parnaíba, litoral do Piauí, obteve liberdade provisória após decisão da juíza da Vara de Parnaíba. Desde agosto de 2024, ela estava presa na Penitenciária Feminina de Teresina sob suspeita de ter cometido o crime que chocou o país.

Em entrevista exclusiva à repórter Luzia Paula do Conecta Piauí, o advogado de defesa, Sammai Cavalcante, criticou duramente o julgamento público que sua cliente enfrentou e destacou a fragilidade das provas presentes no inquérito policial.

“As pessoas estarem dizendo, querendo um subterfúgio de culpa, atrelado a defesa da senhora Lucélia, em relação a demora da juntada do laudo pericial isso aí se trata de um tapa na cara da defesa de uma pessoa que se prova inocente”, disse o advogado.

Foto: Luzia Paula / Conecta Piauí
Advogado de defesa, Sammai Cavalcante

Fragilidade das provas e presunção de inocência

Sammai Cavalcante destacou que, logo após a prisão de Lucélia, em setembro de 2024, entrou com um pedido de livramento condicional e de prisão domiciliar. O advogado disse que, ao estudar o inquérito policial, constatou a fragilidade das evidências contra sua cliente.

“Logo após a prisão da Lucélia, eu entrei com o pedido de livramento, de prisão domiciliar, exatamente no dia 17 de setembro de 2024, as 10h31 da manhã deste dia, desde esse momento eu já declarei a inocência da Lucélia, porque, porque eu já tinha estudado o inquérito policial e vi que ali a prova era frágil. A investigação, apesar dos policiais terem se esforçado, não emergia nos autos a contundência da prova”, finalizou.

Foto: Luzia Paula / Conecta Piauí
Lucélia Maria e o advogado de defesa, Sammai Cavalcante

“Em primeiro momento, a Lei Federal que rege esse procedimento, o código penal que rege esse procedimento ele é submisso a constituição federal e a constituição federal reza pela presunção de inocência”, falou ainda.

Próximos passos

A liberdade provisória de Lucélia não encerra o processo, que continua em andamento. O advogado disse confiar que a justiça prevalecerá e que sua cliente será inocentada.

O caso segue sob grande repercussão no Piauí, com a expectativa de que novas informações venham à tona nos próximos meses. Enquanto isso, a sociedade aguarda respostas concretas sobre a morte dos garotos Ulisses e João Miguel.

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