Falsificação em documento pode afastar Ednaldo Rodrigues da CBF

Perícia aponta indícios de falsificação em documento-chave ligado ao presidente da CBF
Redação

Uma recente perícia revelou possíveis indícios de falsificação em um documento crucial para a legitimidade do mandato de Ednaldo Rodrigues como presidente da Confederação Brasileira de Futebol ( CBF ). A análise técnica, conduzida pela perita em documentoscopia Jacqueline Tirotti e divulgada pela Espn, lança dúvidas sobre a autenticidade da assinatura do vice-presidente Antônio Carlos Nunes, em um acordo que visava encerrar disputas judiciais e assegurar a estabilidade na presidência de Rodrigues.

Suposta Falsificação e Implicações

O documento em questão foi assinado por diversos representantes, incluindo Antônio Carlos Nunes, Fernando Sarney, Gustavo Feijó, e Castellar Guimarães Neto, com o compromisso de encerrar litígios existentes e prevenir futuras pendências relacionadas à legalidade de assembleias que elegeram Ednaldo. No entanto, a perícia apontou que as assinaturas de Nunes apresentam divergências significativas em relação ao padrão pessoal do mesmo, levantando questionamentos sobre a veracidade do documento em questão.

Detalhes da Análise Pericial

O laudo de 28 páginas, repleto de evidências visuais, destacou também incongruências relacionadas à procuração utilizada no processo, a qual foi assinada antes da formalização do acordo. A perita ressaltou que as assinaturas atribuídas a Antônio Carlos Nunes demonstram características que se distanciam de sua escrita genuína, incluindo elementos como ataques e remates, movimentos gráficos distintos e construções gráficas não típicas.

Desdobramentos e Reações

Ao tomar conhecimento do resultado da perícia, o vereador do Rio de Janeiro Marcos Dias Ferreira encaminhou o material ao Ministério Público do Rio de Janeiro, instando uma investigação sobre a suposta falsificação. Paralelamente, a deputada federal Daniela do Waguinho solicitou ao Supremo Tribunal Federal o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF, citando a suspeita de simulação no acordo e denúncias de gestão temerária na entidade esportiva nacional.

Diante desses desdobramentos, a CBF, procurada para comentar o caso, optou por não se manifestar até o presente momento. A situação permanece em evolução, enquanto as autoridades competentes analisam as evidências apresentadas e decidem os próximos passos a serem tomados em relação à liderança de Ednaldo Rodrigues na CBF.

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