Chuva alaga bairro São Cristóvão e moradores questionam eficácia da nova galeria
A galeria prevista para drenar a água e evitar alagamentos na área, não funcionou
Nesta segunda-feira (11/11), uma forte chuva voltou a alagar diversas ruas do bairro São Cristóvão, em Teresina, levantando a preocupação dos moradores com a falta de eficácia da obra da galeria da zona Leste. Com o início do período chuvoso, os moradores têm medo do problema se intensificar, já que a galeria – prevista para drenar a água e evitar alagamentos na área – não foi suficiente para impedir os primeiros alagamentos.
Além disso, algumas ruas do bairro permaneceram interditadas enquanto equipes de manutenção trabalham para reparar as residências afetadas durante o processo de construção da galeria. Muitos moradores tiveram suas casas danificadas ao longo das obras e, agora, aguardam que os responsáveis realizem os reparos necessários para retomar aos seus lares.
Moradores de ruas como Clemente Fortes e Eustáquio Portela relatam que, há quase um ano, enfrentam transtornos graves devido aos alagamentos e às interdições provocadas pela construção. A obra, parte do Plano de Drenagem de Teresina e iniciada em 2012, já passou por sucessivas suspensões e mudanças de contrato com diferentes empresas.
Em outubro deste ano, o engenheiro Marcelo Sena, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh), explicou que o trecho interditado na Rua Eustáquio Portela e nas Avenidas Rio e Governador Gayoso Almendra deveria ser finalizado até o fim de janeiro, mas que a construção completa da galeria ainda precisará de novas licitações. “A etapa atual termina dia 30 de janeiro, mas o projeto total ainda requer mais etapas e empresas para levar a obra até o bairro Morada do Sol”, informou Marcelo.
O investimento inicial de R$ 28 milhões já ultrapassou R$ 67 milhões devido às várias paralisações e à nova fase de obras, iniciada em setembro de 2023.
Enquanto os reparos continuam, os moradores seguem preocupados com as próximas chuvas. Muitos dizem estar exaustos com os transtornos e inseguros quanto à eficácia da galeria finalizada. A expectativa é que a obra de orientação realmente oferecesse uma solução rigorosa para o bairro, mas a população aguardava com ceticismo, após anos de promessas.
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