Justiça determina transferência de recém-nascido de Piripiri para Teresina
Bebê estava internado desde o dia 7 de abril, em Piripiri, sem conseguir se alimentar
A Justiça determinou, por meio do juiz Antônio Francisco Gomes de Oliveira, da 2ª Vara da Comarca de Piripiri, que o Estado do Piauí providenciasse a transferência de um recém-nascido do município de Piripiri para a materinade Evangelina Rosa, em Teresina. O bebê está internado no Hospital Regional Chagas Rodrigues (HRCR) desde o dia 7 de abril, incapaz de se alimentar devido a seu quadro de saúde.
Horas depois da decisão judicial, a diretoria do Hospital Regional Chagas Rodrigues , em Piripiri, e a família do bebê, informaram ao Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) que a vaga foi disponibilizada e o recém-nascido será transferido para a Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina-PI.
Conforme o promotor de Justiça Nivaldo Ribeiro, o bebê estaria internado desde 7 de abril de 2024, com relato de regurgitação frequente e incapaz de alimentar-se devido à suspeita de estenose congênita e estreitamento congênito do esôfago.
“Apesar dos esforços da equipe médica, que tentou sem sucesso colocar sonda orogástrica, o bebê permanece sem alimentação, com dificuldades de deglutição e sialorreia, quando há produção excessiva de saliva. O Hospital Regional Chagas Rodrigues carece do equipamento necessário para realizar exames cruciais, como raio-x com contraste, e por isso solicitamos a transferência do paciente para uma unidade especializada”, explicou o promotor.
Apesar da gravidade do quadro clínico, a família precisou aguardar a transferência, sem previsão de prestação do referido serviço especializado, o que motivou o ajuizamento da ação.
“A avó da criança procurou a Promotoria de Justiça na terça-feira, dia 9, e ajuizamos a ação na mesma data, após obter o prontuário médico. O Hospital também foi notificado extrajudicialmente para a adoção das providências administrativas pertinentes, com o objetivo de articular com os setores competentes da Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) e viabilizar a transferência imediata do recém-nascido”, acrescentou Nivaldo Ribeiro.