Piauí celebra Dia da Consciência Negra com maior marco de regularização quilombola

São 36 comunidades tituladas e mais de 10 mil pessoas alcançadas
Redação

No Dia da Consciência Negra, o Governo do Estado destaca o avanço histórico na política de regularização fundiária de comunidades quilombolas. O Piauí já titulou 50 comunidades tradicionais, sendo 36 quilombolas. Desse total, 28 foram regularizadas somente na atual gestão do governador Rafael Fonteles e do diretor-geral do Instituto da Regularização Fundiária e do Patrimônio Imobiliário do Estado do Piauí (Interpi), Rodrigo Cavalcante, consolidando o maior ciclo de reconhecimento territorial da história do Estado.

Desde 2023, 2.947 famílias foram beneficiadas, sendo 2.271 somente na gestão atual. Isso significa que mais de 10 mil pessoas já tiveram suas vidas transformadas com segurança jurídica, garantia de permanência nos territórios e acesso ampliado a políticas públicas.

O governador Rafael Fonteles destaca que a entrega dos títulos representa reparação e compromisso do Estado com a justiça histórica. “Ele traz segurança aos moradores atuais e às gerações futuras, que poderão viver com tranquilidade e paz, de forma que possam manter a sua cultura, produção e renda, além de viver como gostam e no lugar que amam. Esse título é o mínimo a ser feito em razão da dívida histórica que temos com o povo negro do Piauí”, argumenta o governador.

Entre os beneficiados, o sentimento é de vitória coletiva e reconhecimento de décadas de resistência. Marciano Pereira de Oliveira, da comunidade quilombola Cepisa, relatou a trajetória do grupo até o título. “É um momento de muita alegria. A gente vinha lutando por esse título. A gente saiu de uma fazenda em 1975. Desde então, a gente está nesse território, mas sem regularização, e sofríamos muito para acessar políticas públicas. Mas, graças à nossa luta e à de várias lideranças, a gente conseguiu, por meio do Interpi, essa regularização”, celebra o beneficiado.

As ações de regularização se articulam às políticas de valorização da memória e da cultura negra no estado, reforçadas pela recente reforma e modernização do Memorial Esperança Garcia, espaço que simboliza resistência, identidade e educação.

Neste 20 de novembro, o Interpi reafirma que território, memória e identidade são pilares fundamentais para a construção de um Piauí mais justo, plural e comprometido com a ancestralidade e a dignidade das comunidades que sustentam a história do Estado.

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