Presidente da Fundação Municipal de Saúde aponta dívida superior a R$ 109 milhões
Gestora nega possibilidade de colapso na saúde em Teresina e destaca medidas
A presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Leopoldina Cipriano, foi ouvida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Déficit Bilionário na manhã desta quarta-feira (17), na Câmara Municipal de Teresina. Em entrevista à imprensa, a presidente afirmou que a FMS tem um débito de mais de R$109 milhões de reais.
"Hoje nós calculamos aqui, superficialmente, são mais de 109 milhões, sem falar dos que estão sem processos completos que precisam ainda ser avaliados", disse a presidente.
Segundo a gestão atual, diariamente, fornecedores chegam à Fundação Municipal de Saúde e afirmam ter débitos pendentes, porém, não possuem comprovantes de recebimento referentes à ação realizada junto à pasta, seja de entrega de medicamentos, ou de prestação de serviços. "Quem não consegue comprovar eu não possa assumir o débito que eu não sei se foi entregue, se foi usado, se a população se beneficiou. Eu não posso comprovar que você me entregou uma medicação, porque não tem empenho, porque não tem liquidação, porque não tem notas que comprovam a entrega no período", informou Leopoldina.
Questionada sobre a possibilidade de um possível colapso na saúde de Teresina, a presidente afirmou que "não vê essa possibilidade" e que a atual gestão tem buscado uma rede de apoio junto ao Ministério da saúde, a Secretaria de Estado de Saúde do Piauí (Sesapi) e outros autores que integram o Sistema Único de Saúde. Entre as ações para sanar o problema, a pasta tem negociado as dívidas e focado na profissionalização e motivação das equipes.