Revoltados, moradores de residencial denunciam descaso da prefeitura em Teresina

Moradores do Residencial Padre Humberto, localizado na região da Grande Santa Maria, na zona Norte de Teresina, denunciam a falta de calçamento e de infraestrutura básica em diversas ruas da região. Apesar da existência de projeto e empresa licitada para a execução da obra, a população afirma que nada foi iniciado até o momento.

Eles cobram posicionamento da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) Norte e destacam que a realização da obra depende da implantação de uma galeria de drenagem. Moradores se reuniram para denunciar ao Conecta Piauí a situação em que o residencial se encontra.

Ricardo Silva é presidente da associação dos moradores do bairro e, segundo ele, os habitantes já aguardam a obra há cerca de 10 anos. "A situação das ruas do Residencial Padre Humberto é de calamidade pública. Já fizemos várias solicitações, tem projeto, já foi feita a licitação, já tem a construtora, mas a antiga e a atual gestões da prefeitura alegaram que não têm recursos para poder executar essa obra. Há mais de 10 anos a gente espera por isso. A revolta da comunidade é para que sejam concluídas as ruas do residencial para poder melhorar a trafegabilidade por aqui", relata.

Ainda segundo Ricardo, o superintendente da SDU Norte diz que não há como a obra ser realizada por falta de recursos financeiros. "Segundo o novo superintendente da SDU Norte, o suplente de vereador Alan Brandão, ele disse que realmente existem os projetos, ele possui todas as informações sobre o residencial, mas alega que não tem nenhum recurso para executar essa obra", diz.

Devido a falta de infraestrutura das ruas da localidade, os moradores acabam por não poder usufruir de direitos básicos. Francisco Diego relata que ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e motoristas por aplicativo muitas vezes se recusam a entrar na região. "O acesso aqui é complicado. Em tempos de chuva, o SAMU ou um Uber se recusam a entrar por causa da lama e dos buracos que têm por aqui. Para nós moradores que temos filhos ou idosos que adoecem, é complicado. Fora a lama daqui que provoca doenças, como a dengue", denuncia.

Jaqueline Bezerra mora há cerca de cinco anos no bairro e diz que, no período de chuva, a água chega a invadir residêncas. "Aqui alaga, entra água, se o baldrame das casas for baixo, a água entra na sua casa devastando tudo. Aqui tem muita gente que já perdeu tudo por causa das chuvas", conta.