Criança baleada na cabeça durante ataque em Parnaíba morre em Teresina

O menino de 6 anos baleado na cabeça durante um ataque a tiros ocorrido em Parnaíba não resistiu aos ferimentos e morreu na noite desta quinta-feira (25/12), após permanecer internado por mais de 50 dias em estado gravíssimo . A morte foi confirmada pela equipe médica do Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina, onde a criança estava sob cuidados intensivos desde o dia do crime.

Segundo informações apuradas pelo Conecta Piauí , o quadro clínico da vítima se agravou na noite desse feriado de Natal, culminando em uma parada cardiorrespiratória . Apesar dos esforços da equipe médica, o menino não apresentou resposta e teve o óbito constatado na unidade hospitalar.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou pelos procedimentos de praxe. A liberação para a família ocorreu por volta de 1h30 da madrugada desta sexta-feira (26/12).

Relembre o caso

A criança foi baleada na cabeça na noite do dia 4 de novembro, durante um atentado a tiros registrado em um comércio localizado na Avenida Dr. João Silva Filho, no bairro Piauí, em Parnaíba . Conforme as investigações, dois homens em uma motocicleta passaram pelo local efetuando disparos , tendo como alvo o proprietário do estabelecimento.

Durante o ataque, além do comerciante, a esposa dele e o filho do casal foram atingidos . A criança foi socorrida em estado crítico e encaminhada inicialmente para atendimento de urgência , sendo posteriormente transferida para Teresina, onde passou por procedimento cirúrgico.

O delegado Rodrigo Luna afirmou que a apuração considera o histórico do dono do comércio como possível motivação para o crime. “Há informação sobre possível envolvimento do proprietário, que seria egresso do sistema prisional. Tanto ele quanto a esposa tem passagens pela polícia, e ele estava usando tornozeleira eletrônica”, destacou.

Ligação com facção

A Polícia Militar confirmou que Keiliane Alves de Sousa Silva, ferida durante o atentado, possui ligação com uma facção criminosa com atuação na região litorânea do estado . Ela é esposa de um homem conhecido como André do CV, também chamado de André da Ilha, apontado como dono do bar onde o ataque aconteceu. Ambos, segundo a polícia, teriam vínculo com organização criminosa .

O delegado Rodrigo Lima reforçou que o histórico criminal do casal pode ser determinante para o avanço das investigações.

“Tanto a vítima quanto o marido da vítima tem passagem pela polícia. Segundo informações, ele estava usando tornozeleira eletrônica e tudo isso aí pode ser um fator determinante na investigação, fazendo com que a polícia possa chegar a quem efetivamente praticou esse crime”, afirmou.

No local do atentado, equipes policiais apreenderam um carregador de pistola com uma munição intacta , além de cinco cápsulas deflagradas e um aparelho celular. Todo o material foi recolhido e encaminhado para análise pericial . O caso segue sob investigação da Polícia Civil.