Chico Lucas cobra de promotor as informações sobre facção que ameaçou médica
Secretário de Segurança destacou que agiu prontamente quando foi informado de ação
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (08/08), o secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, abordou o relato feito pelo promotor de Justiça Eny Pontes sobre um profissional de saúde ameaçado por uma facção criminosa para não atender pacientes vinculados a outras organizações criminosas em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina.
Chico Lucas destacou que a Secretaria de Segurança agiu prontamente, oficiando o Ministério Público para que fornecesse informações detalhadas sobre o profissional envolvido, a data da ameaça e o paciente que deixou de ser atendido devido à pressão da facção.
“Ainda ontem nós mandamos um ofício ao promotor para que ele indicasse qual foi a profissional, que dia que aconteceu a ameaça e qual paciente deixou de ser atendido por conta dessa ameaça”, afirmou.
O secretário enfatizou que a situação gerou surpresa, considerando que o Ministério Público também possui responsabilidades no combate ao crime organizado.
"Nós estamos nos perguntando por que, ao tomar conhecimento disso, o promotor não realizou seu trabalho, coletou o depoimento da pessoa e encaminhou ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Precisamos de ações concretas, não apenas discursos midiáticos", argumentou Chico Lucas.
Entenda o caso
Na segunda-feira (07/08), o promotor Eny Pontes revelou que um profissional de saúde de Teresina relatou que foi proibido, por pessoas de uma facção criminosa, de atender membros de uma facção rival. O caso foi divulgado durante audiência sobre a insegurança em unidades de saúde da capital.
Segundo o promotor, a profissional de saúde não denunciou o caso à polícia por medo de represálias. Pontes não especificou onde ou quando aconteceu a ameaça, apenas que foi em uma Unidade Básica de Saúde de Teresina.