Funcionária do PL no Piauí denuncia demissão motivada por intolerância religiosa
Segundo a Feubra, a mulher foi alvo de mensagens ofensivas e acusada de levar despacho ao partido
RedaçãoA secretária-adjunta do PL no Piauí, Denise Xavier, afirma ter sido demitida do partido após sofrer ataques motivados por intolerância religiosa. O caso ganhou repercussão nacional depois que a Federação Umbandista do Brasil (Feubra) divulgou nota condenando o que classificou como discriminação explícita contra a funcionária.
Segundo a Feubra, “em mensagens de WhatsApp, Denise foi chamada de ‘macumbeira’ de forma ofensiva e acusada, sem qualquer prova, de ter levado um despacho para a sede do partido. Também disseram que instalariam câmeras para verificar se ela estaria levando ‘terra de cemitério’ ao local, acusações preconceituosas e carregadas de estigmas contra religiões de matriz africana”.
Os conteúdos mencionados estariam em áudios obtidos pela coluna Andreza Matais, do portal Metrópoles . Para a entidade, o episódio representa grave violação ao direito à liberdade religiosa. A nota reforça que a “Umbanda é religião, merece respeito e proteção” e que as condutas relatadas desrespeitam a Constituição e configuram intolerância religiosa.
Diante das denúncias, a Feubra cobrou providências internas. “Exigimos que o PL-Piauí identifique e responsabilize os envolvidos. Reiteramos nossa solidariedade a Denise Xavier e nosso compromisso em defender a liberdade de fé e a dignidade dos umbandistas em todo o Brasil”, declarou a instituição.