Na Globo News, Chico Lucas defende integração contra o crime organizado

Secretário de Segurança do Piauí diz que combate às facções deve evitar distorções políticas
Redação

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, participou nesta terça-feira (12/11) do programa Em Ponto, da GloboNews, onde discutiu os desafios e caminhos do combate ao crime organizado no Brasil. Durante a entrevista, o gestor destacou a importância da integração entre estados e União, o fortalecimento do sistema de justiça e o papel essencial das polícias estaduais no enfrentamento diário da criminalidade.

Chico Lucas apresentou as experiências bem-sucedidas do Piauí no setor, ressaltando que a inovação e a cooperação entre instituições têm gerado resultados concretos. “É fundamental que haja uma ação coordenada, com investimentos em tecnologia e inteligência, para que possamos prevenir e desarticular as organizações criminosas”, afirmou.

O secretário elogiou a iniciativa do Ministério da Justiça em propor tanto a PEC da Segurança Pública quanto o Projeto de Lei Antifacção, mas alertou para o risco de contaminação ideológica no debate. “Há um consenso geral sobre a importância do tema, mas precisamos evitar que ele seja apropriado politicamente. Quando se tenta equiparar crimes de facções a terrorismo, há um problema técnico e jurídico, pois isso atrai a competência da Justiça Federal e reduz a autonomia dos estados”, explicou.

Segundo ele, a melhor técnica legislativa foi apresentada no PL Antifacção, que altera a Lei nº 12.850 e diferencia crimes de organização criminosa dos de terrorismo. “As organizações criminosas visam lucro, atuam em atividades ilícitas, enquanto o terrorismo tem motivações políticas e ideológicas. São naturezas distintas e devem ser tratadas de forma diferente”, defendeu.

Chico Lucas, que integra o Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), elogiou ainda o relator do projeto, Guilherme Derrite, por conhecer de perto a realidade dos estados. “Essa experiência é fundamental para que as soluções sejam práticas e respeitem as competências locais”, concluiu.

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