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Presidente da ADUFPI detalha o retorno às atividades após o fim da greve na UFPI

A decisão foi tomada durante assembleia ocorrida em Teresina, Picos, Floriano e Bom Jesus

Os professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) encerraram na tarde desta quinta-feira (27/06) a greve, em todos os campi da instituição, que já durava um mês. A decisão foi tomada durante assembleia ocorrida em Teresina, Picos, Floriano e Bom Jesus com a categoria docente.

Em entrevista ao Conecta Piauí, a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI), professora Escolástica Santos, falou mais detalhes dos procedimentos para o retorno pós-Greve.

Foto: Pedro Melo/Conecta PiauíPresidente da ADUFPI, Escolástica Santos
Presidente da ADUFPI, Escolástica Santos

Retorno das Atividades Acadêmicas

Cada Campus da UFPI terá uma data de retorno diferente, devido às condições e necessidades de cada unidade. Em Teresina, Campus Ministro Petrônio Portela, o retorno está previsto para acontecer no dia 03 de julho, próxima quarta-feira, mesmo dia em que acontece o retorno no Campus de Picos. Já os campus de Floriano e Bom Jesus, o retorno está programado para acontecer no dia primeiro de julho, próxima segunda-feira.

"Retornarmos também a partir de uma orientação que veio do Comando Nacional de Greve, do Andes, de retornar até o dia 3. Então, você percebe que tem uma flexibilidade [...], considerando, como eu disse, as especificidades do campus, as dificuldades que tiveram no início do semestre e com alguns atrasos, já que vinha acontecendo no calendário", comentou a presidente.

Calendário Acadêmico

O Calendário Acadêmico da UFPI não foi suspenso, permitindo que alguns professores pudessem continuar dando aulas ou não. A diretoria da ADUFPI vai realizar, ainda hoje, uma solicitação junto à administração da UFPI, o reajuste do calendário para que os alunos não sejam prejudicados. A expectativa é que o atual período seja estendido por mais algumas semanas. A reunião está prevista para acontecer ainda na segunda-feira, segundo a ADUFPI.

"O que solicitamos agora, já estamos enviando neste momento, à administração superior da UFPI, é um ajuste no calendário, para que os professores que aderiram ao movimento grevista, eles se comprometam e tenham a responsabilidade de garantir que essa carga horária das disciplinas seja cumprido integralmente. Os estudantes também têm direito a ter essa carga horária garantida. Então, o que nós estamos solicitando à administração superior é uma reunião com a participação da diretoria da ADUFPI e representantes dos estudantes de graduação e da pós-graduação para discutirmos sobre esse ajuste", fala a professora.

Confira a entrevista completa:

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) aceitou a proposta apresentada pelo Governo Federal no dia 14 de junho. Entre as pautas, o reajuste no salário foi o mais crucial. Apesar de não elevar a porcentagem do salário dos professores em 2024, o reajuste linear oferecido até 2026 passou de 9,2% para 12,8%; o reajuste dos steps passou de 4% para 5% até 2026; o valor salarial para ingressantes na carreira docente também foi elevado. Além disso, foram atendidas outras demandas da categoria:

Recomposição parcial do orçamento das instituições federais;

Conquista de 5600 bolsas permanência para estudantes indígenas e quilombolas;

Implementação do reajuste de benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche);

Início da Mesa Setorial Permanente de Negociação do MEC;

Elevação do reajuste linear oferecido até 2026 de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026;

Elevação de steps de 4,0% para 5,0% até 2026 (com exceção de Adjunto/DI e DIII-I, que passa de 5% para 6% até 2026);

Elevação do valor salarial para ingressantes na carreira docente (MS e EBTT);

Proposta de revisão da IN nº 66/2022;

Revogação da Portaria nº 983/2020;

Isonomia entre docentes da carreira EBTT e do Magistério Superior, no que tange ao controle de frequência, com a alteração do decreto nº 1590/1996;

Suspensão de recursos judiciais pelo MEC frente à decisão que conferiram o RSC para aposentados(as).

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