Família de garoto morto por ovo de Páscoa envenenado está entubada no Maranhão
Mãe e irmã de menino de 7 anos que morreu após comer ovo de Páscoa no MA estão entubadasA mãe e a irmã de Luís Fernando Rocha Silva, de 7 anos de idade, que morreu na madrugada desta quinta-feira (17), após comer um ovo de Páscoa em Imperatriz, na região sudoeste do Maranhão, estão entubadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Imperatriz (HMI).
Segundo a família, Mirian Lira, de 32 anos, que é mãe de Luís Fernando, e a irmã dele, Evelyn Fernanda, de 13 anos, também comeram o ovo de Páscoa. A suspeita é que o chocolate estivesse envenenado.
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A família recebeu o ovo na noite desta quarta-feira (16), por meio de um motoboy, como se fosse um presente de um admirador secreto. Com o ovo havia um bilhete com a mensagem: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”. Não há informação sobre quem enviou a encomenda.

Após receber o ovo, Mirian e os filhos comeram e, logo em seguida, Luís Fernando começou a passar mal.
“Ele (Luís Fernando) falou pra ela (Mirian) que estava mole: ‘Mãe, eu tô mole’. Ela disse que achou que era uma brincadeira e não levou a sério. Mas depois ela olhou para ele e viu que ele já estava desmaiando. Foi quando ela correu para a casa da mãe dela (que mora na vizinhança), pedindo socorro”, relatou Naíza Santos, irmã de Mirian.
Naíza contou ainda que chegou a colocar o dedo na garganta do menino, achando que ele estava engasgado, foi quando Luís Fernando soltou uma secreção amarela pela boca.
O pai do menino disse à TV Mirante que foi informado pela ex-mulher que o filho deles estava passando mal e havia sido envenenado.
“A minha ex-mulher me chamou lá em casa, para eu ajudar a socorrer meu filho. Eu tive a notícia de que ele estava envenenado, tinha comido bombom envenenado. Ela falou que meu filho estava passando mal, estava ficando roxo”, relatou o serralheiro Rafael de Sousa Silva.
O menino deu entrada no Hospital Municipal de Imperatriz por volta das 21h. Segundo a equipe médica, Luís Fernando passou mais de uma hora em processo de reanimação.
“A criança teve uma parada cardíaca, trouxemos a criança para o (setor) infantil e ela foi reanimada, praticamente, por uma hora e meia. Foi atendida pela médica pediátrica intensivista e, às 4h da manhã, foi a óbito”, explicou Dirceu Castro, que é gerente de enfermagem do HMI.
A equipe médica estava fazendo a entubação de Luís Fernando, quando a mãe dele começou a apresentar sintomas parecidos.
“Ela começou a passar mal, falando que ia desmaiar. E, realmente, ela estava igual a ele, com os mesmos sintomas, desfalecendo. Mas, até então, a gente achava que ela estava assim pelo fato de o filho dela estar sendo entubado. Mas chamaram um maqueiro para levá-la (para receber atendimento na emergência). A pressão dela subiu muito rápido, o corpo todo tremendo. Foi para a emergência e foi quando a mão dela começou a ficar assim, enrolando, roxa, e ela começou a babar”, relatou Naíza Santos.
Depois de medicar Mirian, a equipe de saúde a deixou em observação, pois ela apresentava sintomas de crise de ansiedade. Porém, minutos depois, ela ficou com o rosto roxo e com o corpo paralisado. Em seguida, Mirian foi levada para a UTI.
Enquanto a mãe era hospitalizada, Evelyn Fernanda, que havia ficado em casa na companhia de uma tia paterna, também começou a se sentir mal.
“A gente ficou um tempo conversando e, depois, ela começou a passar mal. Ela começou a fechar as mãos, os dedos. Ela começou a ficar roxa, começou a babar e foi perdendo os sentidos e chamamos a ambulância, mas, como demorou, pegamos um carro e, no caminho, como a avenida Pedro Neiva estava engarrafada, a polícia militar nos socorreu, levando ela e abrindo caminho até o hospital”, relatou.
Agora, a Polícia Civil tenta identificar quem enviou o ovo e se, de fato, ele estava envenenado. Em nota, a polícia informou que o caso está sendo investigado com prioridade e que as amostras do ovo foram enviadas para análise no Instituto de Criminalística de Imperatriz (Icrim), para possível comprovação do envenenamento.
No entanto, segundo a polícia, outros detalhes do caso “ainda não serão fornecidos neste momento, a fim de não atrapalhar o andamento das investigações”.