Noivo confessa que matou delegada na Bahia; ele revelou como tudo aconteceu
Inicialmente Tancredo Neves contou para polícia que o casal teria sofrido um sequestroO homem identificado como Tancredo Neves, 26 anos, confessou que matou a delegada Patrícia Aires, 39, neste fim de semana no interior da Bahia. Após passar por audiência de custódia na segunda-feira (12/08), ele disse que usou o cinto de segurança do carro para se defender de supostas agressões durante uma discussão com a companheira. Ele a teria asfixiado durante cerca de 40 segundos.

Inicialmente Tancredo Neves contou para polícia que o casal teria sofrido um sequestro, mas, posteriormente, admitiu que inventou essa história. A prisão em flagrante do suspeito foi convertida em preventiva.
As informações e a cronologia do crime foram detalhadas durante entrevista coletiva ocorrida nesta terça-feira (13), na Secretaria de Segurança Pública da Bahia, em Salvador. Todos os delegados que integram a investigação desse feminicídio participaram do encontro com a imprensa.
Patrícia foi encontrada sem vida no domingo (11/08), dentro do próprio carro, em uma área de mata na região metropolitana de Salvador. Os dois teriam saído de Santo Antônio de Jesus, onde a vítima morava, com destino à capital baiana.
Segundo o suspeito, os dois saíram para jantar e a delegada teria ficado alcoolizada. Ele disse que, durante a viagem, eles teriam parado para ir ao banheiro. A versão foi contestada pela Polícia Civil. No caminho eles falaram sobre terminar a relação e então foi iniciada uma briga com ameaças e agressões.
O casal se conheceu em novembro de 2023 e a relação teve início há cerca de quatro meses. Segundo as investigações, o relacionamento deles era marcado por agressões. De acordo com a Polícia Civil, o homem falou ainda que casaria com a delegada nesta quarta-feira (14/08).
Tancredo Neves tem 26 passagens pela polícia e todas por agressão. Ele é investigado ainda por exercício ilegal da medicina.
Patrícia Aires é natural de Recife (PE) e deixa um filho. Especialista em direito penal e processo penal, ela tomou posse como delegada na Bahia em 2016, tendo passado por algumas cidades até atuar como plantonista em Santo Antônio de Jesus.
A delegada assassinada tinha forte atuação justamente no combate à violência de gênero e chegou a passar pelo Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (Neam).
O corpo dela foi velado na manhã de segunda-feira no interior da Bahia, mas o sepultamento nesta terça em Recife.
(Da CNN )