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Justiça Federal mantém prisão de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master

TRF1 nega liminar e mantém detenção por suspeitas de gestão fraudulenta e organização criminosa

A Justiça Federal decidiu nesta quinta-feira (20) manter a prisão preventiva de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, detido durante a Operação Compliance Zero. A decisão foi tomada pela desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que rejeitou um pedido liminar apresentado pela defesa.

Segundo a magistrada, os autos apontam indícios fortes de gestão fraudulenta e atuação em organização criminosa, além de comportamento que poderia interferir no curso das investigações. O colegiado do TRF1 ainda deverá analisar um pedido de habeas corpus feito pelos advogados do banqueiro, mas sem data definida.

Vorcaro foi preso junto com outros seis executivos do Master. Eles são investigados por fraudes envolvendo papéis negociados com o BRB e pela emissão de CDBs com promessa de rentabilidade muito acima da taxa de mercado, o que, segundo a Polícia Federal, ocultava um esquema bilionário de operações irregulares. A investigação estima que o volume movimentado pode ter alcançado R$ 12 bilhões.

A prisão ocorreu no mesmo dia em que um consórcio liderado pela Fictor Holding Financeira anunciou a compra do Banco Master. Dias antes, o Banco Central havia rejeitado a venda ao BRB e, posteriormente, decretado a liquidação extrajudicial da instituição, bloqueando bens dos controladores e interrompendo qualquer negociação.

Em manifestação, a defesa de Vorcaro declarou que respeita a decisão, mas insiste que não há fundamentos para a manutenção da prisão. Os advogados argumentam que o banco já foi liquidado, que ele não pode exercer funções no sistema financeiro e que as buscas foram concluídas. Também afirmam que o banqueiro tem residência fixa, esposa e filho no país, além de ter apresentado comprovantes da viagem internacional que faria quando foi detido em Guarulhos.

Na quarta-feira (19), outra decisão da Justiça Federal determinou que todos os presos da operação permaneçam na carceragem da Superintendência da Polícia Federal na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, onde estão detidos executivos envolvidos no caso, incluindo o presidente do Master.

Com informações do g1

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