MC Poze do Rodo é preso por apologia ao crime e ligação com tráfico no RJ
Funkeiro foi detido em casa, no Recreio dos Bandeirantes, durante operação da Polícia Civil
O cantor Marlon Brandon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi preso na madrugada desta quinta-feira (29/05) por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele é investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.
O mandado de prisão temporária foi cumprido na residência do artista, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona Oeste do Rio. Na saída de casa e na chegada à Cidade da Polícia, Poze preferiu não comentar a prisão e apenas reclamou das algemas. Segundo o advogado Fernando Henrique Cardoso Neves, a defesa considera que “essa é uma narrativa antiga” e que, caso não haja a liberação, irá ingressar com um habeas corpus.
As investigações apontam que MC Poze realiza shows exclusivamente em comunidades controladas pela facção Comando Vermelho (CV), onde traficantes armados garantem a segurança dos eventos. A Polícia Civil afirma que suas músicas fazem apologia ao tráfico, ao uso de armas e incitam confrontos entre facções rivais, o que coloca vidas de inocentes em risco. A corporação ainda ressalta que os eventos servem para financiar atividades criminosas, como compra de drogas e armamentos.
A prisão ocorre após a repercussão de vídeos divulgados há 10 dias, que mostravam Poze se apresentando na Cidade de Deus, na Zona Oeste, enquanto traficantes portavam fuzis abertamente no meio do público. Na ocasião, o show aconteceu poucos dias antes da morte de um policial civil durante operação na mesma comunidade.
Esta não é a primeira vez que o funkeiro se envolve em investigações. Em novembro do ano passado, ele foi alvo da Operação Rifa Limpa, que apurava sorteios ilegais nas redes sociais. Na época, bens de alto valor, como carros de luxo e joias, foram apreendidos, mas a Justiça determinou a devolução no mês passado por falta de provas da relação com os crimes investigados.
A Polícia Civil informou que as investigações continuam para identificar outros envolvidos e financiadores dos eventos considerados criminosos.