Indígenas e movimentos sociais iniciaram a "Caravana da Resposta", uma mobilização de mais de 3 mil quilômetros entre Mato Grosso e Belém (PA), que culminará na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Caravana social e indígena vai à COP30 denunciar megaprojetos do agronegócio

O objetivo central é denunciar os impactos negativos da monocultura e dos grandes corredores logísticos do agronegócio sobre a Amazônia e o Cerrado. A Caravana, organizada pela Aliança Chega de Soja (com mais de 40 organizações), seguirá pela "rota da soja" com mais de 300 participantes.

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Durante o percurso, que inclui a BR-163 e os rios Tapajós e Amazonas, serão realizados atos públicos e diálogos com comunidades. Em Belém, a iniciativa se integrará às mobilizações populares Cúpula dos Povos e COP do Povo.

Crítica a megaprojetos
O movimento critica megaprojetos de infraestrutura como a Ferrogrão (ferrovia que ligaria Sinop a Itaituba) e as hidrovias nos rios Tapajós, Madeira e Tocantins. A Ferrogrão está atualmente suspensa por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Estudos do Climate Policy Initiative (CPI/PUC-RJ) indicam que a construção da ferrovia pode resultar no desmatamento de até 49 mil km² de floresta.

A líder indígena Alessandra Munduruku defendeu a ação: "Não vamos permitir que o interesse de grandes corporações destrua nossos rios e florestas. Vamos defender nossos territórios".

A Caravana também busca promover alternativas sustentáveis, como o fortalecimento da agroecologia e dos sistemas de sociobiodiversidade, valorizando a produção de pequenos agricultores e comunidades tradicionais.

Fonte: Agência Brasil