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Tarcísio sinaliza em conversas reservadas que não disputará Presidência em 2026

Governador de SP avalia fragmentação da direita e aposta na reeleição estadual

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem sinalizado a aliados que não entrará na disputa presidencial de 2026. Segundo reportagem de Gerson Camarotti, do g1 , o chefe do Executivo paulista avalia que a fragmentação da direita inviabiliza sua candidatura nacional e prefere concentrar esforços em buscar a reeleição ao governo estadual.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Interlocutores relatam que Tarcísio considera a recente crise diplomática com os Estados Unidos, marcada pelo “tarifaço” contra produtos brasileiros, um fator que fortaleceu a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador atribui esse desfecho à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que teria contribuído para ampliar divisões dentro do campo conservador.

Além do cenário político desfavorável, pesa na decisão de Tarcísio o receio de ficar dependente do apoio da família Bolsonaro para uma candidatura ao Planalto. Ele teria manifestado preocupação em preservar a estabilidade da própria família e evitar uma exposição em meio à indefinição sobre a unidade da direita.

Pela legislação eleitoral, uma eventual candidatura presidencial exigiria que ele deixasse o governo paulista até abril de 2026.

Nos bastidores, o afastamento de Tarcísio da corrida presidencial abre espaço para o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), ganhar força como alternativa da direita. Articulações conduzidas por Gilberto Kassab têm aproximado o paranaense de setores empresariais, do mercado financeiro e de lideranças políticas nacionais, aumentando sua projeção como possível candidato ao Palácio do Planalto.

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