Esther Dweck enaltece a diversidade no CPNU 2: 'Com a cara do Brasil'
São mais de 760 mil inscrições confirmadas em todas as regiões para concorrer às 3.652 vagasA ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) foi a convidada do “Bom dia, Ministra” desta quarta-feira, 1º de outubro. Na entrevista com rádios e portais de diversas regiões do país, ela detalhou os preparativos da reta final para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), uma das maiores seleções públicas já realizadas para ingresso no serviço público federal.
"Uma das características importantíssimas do Concurso Público Nacional Unificado é aumentar a diversidade do serviço público. O nosso mantra é o serviço público com a cara do Brasil, porque com isso a gente consegue fazer políticas realmente pensando na nossa população".

Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
São mais de 760 mil inscrições confirmadas em todas as regiões para concorrer às 3.652 vagas em 32 órgãos e entidades do Executivo Federal. As provas serão aplicadas em 228 cidades no próximo domingo (5). As inscrições representam 4.951 municípios de todas as regiões. Os locais de prova já podem ser conferidos no site da Fundação Getúlio Vargas.
“Uma das características importantíssimas do Concurso Público Nacional Unificado é aumentar a diversidade do serviço público. O nosso mantra é o serviço público com a cara do Brasil, porque com isso a gente consegue fazer políticas realmente pensando na nossa população”, disse. “Quanto mais diverso forem os servidores e as servidoras, mais conhecem a nossa realidade e trazem outras formas de olhar”.
As regiões Sudeste (247.838 inscritos) e Nordeste (229.436) concentram o maior contingente de participantes, seguidas por Centro-Oeste (150.870), Norte (84.651) e Sul (48.733). Os estados com maior número de inscrições são Rio de Janeiro (108 mil), Distrito Federal (102 mil), São Paulo (77 mil), Bahia (65 mil) e Minas Gerais (51 mil).
NOVA LEI DAS COTAS
Um ponto importante do CPNU 2 envolve a Lei de Cotas, que teve um novo texto aprovado pelo Congresso Nacional. Ele amplia as cotas para 30%, sendo a divisão estabelecida da seguinte forma: 25% para pessoas negras, 3% para indígenas e 2% para quilombolas. “Ficamos felizes com a parte de diversidade no concurso anterior, em que um terço das pessoas aprovadas foram cotistas: pessoas negras, indígenas e pessoas com deficiência”, listou a ministra.
QUILOMBOLAS E INDÍGENAS
Para Dweck, a reserva de vagas para indígenas e quilombolas é um diferencial marcante. “No concurso anterior, a gente teve, só na Funai, cota para indígena, mas este ano a gente tem também para todas as vagas, cotas para indígenas e quilombolas. Precisávamos garantir que pessoas de todas as cotas tenham como passar para a segunda etapa, mesmo nas vagas onde não há cota na vaga imediata, mas que pode ter cota nas chamadas de excedentes”, frisou.
PARTICIPAÇÃO FEMININA
Além da questão da diversidade, o CPNU 2 atenta para a questão das mulheres. O Governo do Brasil trabalhou para buscar equiparação no número de aprovados entre homens e mulheres. “No concurso anterior, tivemos a maioria de inscritos mulheres, foram 57% de inscritas, 52% fizeram a prova, mas no resultado final foram 37% de aprovadas. Então, a gente ficou estudando isso”, explicou a ministra. Para alcançar o equilíbrio, a pasta traçou um plano. “Vai ter uma classificação inicial e vamos observar se haverá mais homens chamados para a segunda etapa do que mulheres. E a gente vai completar com o mesmo número de mulheres. Então, os homens que passaram todos vão ser aprovados e chamados para a segunda etapa. Mas, por exemplo, se for chamar 100 pessoas e tiver 60 homens e 40 mulheres, a gente vai chamar mais 20 mulheres, então, em vez de 100 pessoas, vão ser 120 pessoas na segunda etapa, sendo 60 homens e 60 mulheres”, exemplificou.
EQUIDADE
A ministra ressaltou, contudo, que não há reserva de vagas. Serão aprovados os candidatos com as melhores notas, independentemente do sexo. “É um aumento das chances das mulheres de passarem, porque a gente percebeu que as mulheres neste ano foram 60% de inscritas. Então temos mais mulheres inscritas e foi percebido que a diferença foi justamente na prova objetiva, aquela que exige um tempo de estudo mais concentrado e, muitas vezes as mulheres têm dupla, tripla jornada, mas elas têm uma bagagem grande, têm mais estudo do que muitos homens, então, na segunda etapa (que envolve redação) elas acabam indo bem e compensam, eventualmente, uma perda na prova objetiva”, esclareceu.
QUEM PARTICIPOU
O “Bom Dia, Ministra” é uma coprodução da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Participaram do programa desta quarta-feira jornalistas da Rádio Nacional de Brasília, Amazônia e Alto Solimões (EBC), Portal O Dia (Rio de Janeiro/RJ), Rádio Jornal (Recife/PE), Rádio Bandeirantes (Campinas/SP), Portal Correio Braziliense (Brasília/DF), Rádio CBN (Belém/PA), Portal Hoje em Dia (Belo Horizonte/MG) e Rádio Sociedade (Salvador/BA).