A sessão desta quinta-feira (11/09) no Supremo Tribunal Federal resultou na condenação definitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro pela participação na trama golpista de 2022. Com maioria de votos entre os ministros, ficou reconhecida a prática de crimes como associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e tentativa de golpe. Outros réus também receberam votos decisivos contra si.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Na definição da pena, o Supremo fixou 27 anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado, além de multa de R$ 379 mil. A dosimetria foi dividida em 24 anos e 9 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção. Segundo o relator Alexandre de Moraes, o peso da condenação recai sobre o papel de liderança de Bolsonaro na organização criminosa. Como atenuante, foi considerada a idade do ex-presidente, que tem mais de 70 anos.

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O julgamento gerou repercussão imediata no meio político. Em coletiva de imprensa, o deputado Lindbergh Farias (PT) classificou a decisão como “um marco histórico”. Ele ressaltou que Bolsonaro sempre exaltou a ditadura militar e avaliou que o Supremo envia um recado claro para que episódios semelhantes não se repitam.

Citando pesquisas recentes, Farias afirmou que 59% da população consideram justa a condenação, reforçando que a decisão tem caráter educativo e não de vingança.

Assista o vídeo da correspondente do Conecta Piauí em Brasília, Pollyanna Cardoso: