CBF decide não divulgar áudios do VAR após polêmicas em São Paulo x Palmeiras
A entidade alega seguir o protocolo que restringe a divulgação das conversas entre árbitrosA Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu não divulgar os áudios das conversas entre o árbitro de campo e o árbitro de vídeo da partida entre São Paulo e Palmeiras, disputada no último domingo (5). A decisão segue o protocolo oficial da entidade, que prevê a liberação dos áudios do VAR apenas quando há revisão de lances no monitor — o que não ocorreu em nenhum dos lances polêmicos do clássico.

Durante o jogo, o São Paulo contestou várias decisões da arbitragem e pediu que os áudios fossem tornados públicos. Entre as principais reclamações, o clube apontou um possível pênalti não marcado em Tapia após disputa com Allan, além de uma falta mais dura de Andreas Pereira que, segundo o clube, mereceria cartão vermelho. Houve ainda críticas por supostas agressões de Gustavo Gómez em Tapia e por um carrinho de Raphael Veiga em Enzo Díaz.
Mesmo diante das cobranças, a CBF manteve a posição de não divulgar as gravações, argumentando que não houve chamada do árbitro de vídeo para revisão de campo. Ainda assim, a entidade reconheceu falhas na condução da partida e decidiu afastar o árbitro Ramon Abatti Abel e o responsável pelo VAR, Ilbert Estevam da Silva, que passarão por um novo processo de reciclagem e treinamento.
Segundo a CBF, os clubes podem solicitar acesso interno aos áudios por meio dos canais formais da Comissão de Arbitragem, mas o conteúdo permanece restrito às partes envolvidas e não é disponibilizado ao público.