CBF intensifica preparativos para trazer tecnologia de impedimento semiautomático
Visitas técnicas a estádios da Série A visam implantação da nova ferramenta de arbitragem para 2026A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu mais um passo importante rumo à modernização da arbitragem no futebol nacional com o início das visitas técnicas aos estádios da Série A para a implementação do sistema de impedimento semiautomático. A iniciativa, conduzida em parceria com a empresa especializada Genius, tem como objetivo avaliar a estrutura das arenas e determinar como os equipamentos serão instalados, preparando o caminho para a utilização da tecnologia já no começo do Campeonato Brasileiro de 2026.
Até esta terça-feira (16), nove estádios já receberam a equipe técnica, incluindo Nilton Santos, Maracanã, São Januário, Morumbis, Arena Barueri, Neo Química Arena e Vila Belmiro. Na sequência, estão programadas vistoriações em outras praças esportivas ainda em dezembro, como Mineirão, Arena MRV, Barradão, Arena Fonte Nova e Couto Pereira.
O presidente da CBF, Samir Xaud, destacou a importância da tecnologia, afirmando que o impedimento semiautomático representa um avanço para tornar o futebol mais justo, preciso e moderno, reforçando também o compromisso com a qualidade do espetáculo.
Ainda no início do ano, em janeiro de 2026, a Genius seguirá com as inspeções em estádios adicionais, como Beira-Rio, Allianz Parque e Arena do Grêmio, com a expectativa de ter toda a infraestrutura pronta para a estreia da tecnologia no Brasileirão.
Como funciona o impedimento semi-automático
O impedimento semiautomático é uma tecnologia criada para tornar as decisões mais rápidas e precisas, funcionando de forma integrada ao VAR. O sistema utiliza diversas câmeras de alta precisão instaladas nos estádios para mapear, em tempo real, a posição dos jogadores em campo, acompanhando pontos específicos do corpo que podem caracterizar o impedimento. Além disso, a bola conta com um sensor que identifica com exatidão o momento do passe, eliminando dúvidas sobre o instante do toque.
Com esses dados, um software cruza automaticamente as informações da posição dos atletas e do momento do passe, gerando linhas virtuais que indicam se o jogador estava ou não em posição irregular. Apesar da análise ser feita de forma automática, a decisão não é totalmente robotizada: o árbitro de vídeo revisa o lance e valida a informação antes de comunicar o árbitro de campo, o que justifica o termo “semiautomático”.
A principal vantagem do sistema é a redução significativa do tempo de checagem dos lances de impedimento, que passa de minutos para poucos segundos, além de aumentar a precisão e diminuir a interferência de erros humanos. A tecnologia já é usada em grandes competições internacionais e chegará ao futebol brasileiro em 2026, com a promessa de tornar o jogo mais justo e transparente.