Francês cruza o Brasil a pé e chega em Pedro Laurentino (PI): 'Muito complicado'
Jow, que tem como destino a foz do Rio Oiapoque (AP), chegou a ser tratado com friezaO francês Johann Grondin (Jow) está percorrendo um longo desafio para completar seu destino final. Ele quer percorrer mais de 8 mil quilômetros a pé, do extremo sul ao extremo norte do país. Sua jornada começou em Chuí (RS) e tem como destino a foz do Rio Oiapoque (AP).
Após meses de caminhada, Jow já superou a marca dos 5 mil quilômetros percorridos, enfrentando estradas, trilhas e paisagens diversificadas. Sua rota recente o levou ao Piauí, onde atravessou a Serra das Confusões e Serra da Capivara, regiões conhecidas por sua riqueza natural e sítios arqueológicos milenares.
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Apesar da aventura parecer inspiradora, o francês também tem enfrentado diversos desafios e situações complicadas. Em suas redes sociais, Jow conta como está sendo atravessar as cidades de Pedro Laurentino e Paes Landim, ao sul do estado.
"Ontem foi um dia que começou normal e terminou com muitas ruínas. Não pesadelos, mas ruínas. Tive que caminhar 44 quilômetros desde Pedro Laurentino. Fiquei perdido porque o GPS estava uma loucura e não gostei da estrada. Então, consegui conhecer pessoas na estrada que me mostraram o caminho. Está tudo bem. Parei na casa do João. Era uma questão de comer com ele. Durou muito tempo. Perdi quase 2 horas. Caminhei mais de 50 quilômetros. Cheguei a Pedro Laurentino à noite com chuva, muito vento. E não consegui encontrar apoio. Então, foi muito complicado", relata o aventureiro.
A travessia de Jow não é apenas um desafio físico, mas também uma imersão na cultura e na geografia brasileira. Seu percurso inclui desde os pampas gaúchos até a caatinga nordestina, passando por cidades pequenas, comunidades rurais e parques nacionais.
Ainda na cidade de Pedro Laurentino, Jow contou que encontrou um certo preconceito em uma estadia, devido à sua jornada. Todos os relatos e desafios vividos pelo andarilho são postados no story do Instagram pessoal.
"Cheguei nesse lugar com um casal, pessoas de uma idade avançada, e cheguei lá molhado, nervoso, cansado. Nessa pousada, eles foram muito, muito frios comigo, eu acho que eles pensaram que eu ia fazer problema. Então, fui na pousada, eu não jantei para não deixar ele em "mau a vontade", então eu fiquei dormindo, tomando banho e apaguei, apaguei. Foi um pouco complicado o fim de dia, é por isso que eu não gosto de chegar de noite, mas me perdi. Hoje saio para País Landim de boa e vamos lá", conta.