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As 300 do Fogo: a coragem feminina que protege o Piauí

O estado encerra o ano com 2.133 brigadistas formados em 143 municípios
Redação

A história costuma lembrar feitos de coragem coletiva. Os 300 de Esparta atravessaram os séculos como símbolo de disciplina e defesa do território. No Piauí, em 2025, esse espírito ganhou uma nova forma, e um novo rosto: o das mulheres brigadistas que enfrentam o fogo para proteger a vida.

O estado encerra o ano com 2.133 brigadistas formados em 143 municípios. Entre eles, 300 são mulheres. Não é apenas um número. É a confirmação de que a luta contra os incêndios florestais também é feminina, técnica e estratégica. São mulheres que enfrentam calor extremo, longas distâncias e riscos reais, movidas por propósito e senso coletivo.

Maria Alice, secretária de Meio Ambiente de Cabeceiras do Piauí e brigadista por convicção, resume esse espírito. “Escolhi enfrentar o fogo porque acredito em um futuro mais seguro e equilibrado para todos”, diz. Ela comanda uma brigada de 13 pessoas, quase metade formada por mulheres.

As capacitações promovidas pela Semarh, em parceria com o Corpo de Bombeiros, ampliam esse protagonismo. Só em 2025, foram 1.333 brigadistas treinados em 102 cidades, mais do que a soma dos três últimos anos. Desses, 219 são mulheres. A formação mais recente entregou 190 certificados na região de São Raimundo Nonato, reforçando a presença das brigadas em todo o estado.

Para o secretário Feliphe Araújo, os resultados mostram a consolidação de uma política pública sólida. “Investir em brigadistas é investir em vidas, em proteção ambiental e em desenvolvimento sustentável”, afirma.

Assim como os 300 de Esparta, as 300 do fogo no Piauí simbolizam coragem, disciplina e defesa do território. Com uma diferença essencial: hoje, a batalha não é por conquista, mas pela preservação da vida e do futuro.