Choveu pouco, colheu menos: safra do Piauí deve cair 12,5%

Soja, milho, sorgo, feijão, algodão, arroz e até a fava estão na lista das que vão render menos

Em Pauta

17 de Maio de 2025 às 08:05None

O céu fechou… mas a chuva não veio. Resultado? A safra de grãos do Piauí deve encolher em 2025. A nova estimativa do IBGE aponta uma queda de 12,5% na produção em relação ao que se esperava no começo do ano. Em janeiro, o otimismo era grande: cerca de 6,5 milhões de toneladas. Mas a realidade do campo fez o número descer para 5,7 milhões. É como se mais de 820 mil toneladas tivessem evaporado junto com a esperança do agricultor.

E ninguém escapou: soja, milho, sorgo, feijão, algodão, arroz e até a fava estão na lista das que vão render menos. A soja, por exemplo, deve perder quase meio milhão de toneladas. O milho, mais de 200 mil. E o feijão, coitado, vai cair quase pela metade. Segundo o IBGE, o grande vilão é o clima. A seca pegou pesado, principalmente com os pequenos produtores, que não têm estrutura para segurar a barra quando a chuva falta. Em algumas regiões, teve lavoura que foi 100% perdida.

“A redução foi provocada por fatores climáticos adversos, principalmente uma falta de chuvas na maior parte do estado, onde foram mais impactados os pequenos produtores, os quais não possuem tecnologia suficiente para garantir minimamente sua produção. Percebeu-se que em algumas regiões do estado houve perda total da área plantada com algumas culturas, principalmente do feijão e do milho”, destacou Pedro Andrade, Chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piaui.

Foto: Reprodução

Choveu pouco, colheu menos: safra do Piauí deve cair 12,5%

Em relação à região do cerrado piauiense, os problemas climáticos também afetaram a produção, principalmente nos municípios de Bom Jesus, Currais e Palmeira do Piauí, os quais apresentaram uma perda considerável de sua produção. Além da produção, a área plantada também murchou: são quase 192 mil hectares a menos em relação ao que se previa. Ou seja: o campo sentiu, e o impacto vai bater na nossa mesa. Porque quando o clima não colabora, quem sofre é todo mundo.

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