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Operação Piracema intensifica fiscalização no Piauí e apreende redes ilegais

O saldo chama atenção: 10 mil metros de redes de pesca apreendidos, equipamento totalmente proibido
Redação

A proteção da vida nos rios piauienses voltou a ganhar força com a Operação Piracema, que já apresenta resultados concretos em um ano de ação. A piracema, fenômeno natural em que os peixes sobem os rios para se reproduzir, exige atenção redobrada do poder público, e também consciência coletiva, para garantir a renovação dos estoques pesqueiros e o equilíbrio ambiental.

O período da piracema atravessa dois anos consecutivos, começando em 15 de novembro e seguindo até 16 de março. Isso significa que as ações de fiscalização contemplam meses de dois calendários distintos. E de novembro de 2024 até agora, foram cinco operações executadas em municípios estratégicos da bacia do Rio Parnaíba, incluindo Teresina, Barras, Esperantina, Campo Largo, Joaquim Pires, Buriti dos Lopes e Parnaíba. 

O saldo chama atenção: 10 mil metros de redes de pesca apreendidos, equipamento totalmente proibido durante a piracema por causar impactos severos à reprodução dos peixes. Além das redes, a fiscalização resultou na apreensão de 50 quilos de pescado, que foram doados, e na devolução de 10 quilos de peixes vivos ao habitat natural, reforçando o compromisso da operação com a preservação ambiental.

Os dados mensais ajudam a dimensionar o problema. Em janeiro de 2025, foram apreendidos 300 metros de redes, além de 50 quilos de pescado. Já neste mês de dezembro, a fiscalização retirou 500 metros de redes dos rios. Durante a piracema, a legislação é clara: a pesca só é permitida de forma artesanal, com linha, anzol e vara, limitada a até 5 quilos por pescador cadastrado. 

O uso de redes, tarrafas e armadilhas é proibido, assim como a pesca em áreas sensíveis, como corredeiras, cachoeiras e proximidades de barragens. Mais do que números, a Operação Piracema deixa uma mensagem: proteger os rios é proteger o futuro. Cada rede retirada da água representa milhares de peixes que poderão completar seu ciclo reprodutivo. 

Em tempos de crise climática e pressão sobre os recursos naturais, garantir o respeito ao defeso não é apenas uma obrigação legal, é um compromisso ético com as próximas gerações.