Com menos de quatro anos de mercado, o PIX já se tornou o queridinho dos brasileiros quando o assunto é pagamento de contas e transferência bancárias. Resultado disso é que diminuiu a circulação de dinheiro vivo na praça. Ainda assim, o volume de notas falsas circulando pelo país é grande. Dados do Banco Central mostra mais de 287,6 mil cédulas falsificadas foram apreendidas só em 2023. 

Foto: Divulgação

Operação da Polícia Federal combate a venda de cédulas falsas pela internet no PI

O Piauí não aparece entre os estados com maior número de apreensões. Porém, só nos últimos sete anos, desde que o BC começou a fazer a contagem, foram retiradas de circulação no Estado quase 20 mil cédulas faldas, que somavam mais de R$ 1 milhão de reais. Detalhe é que mais da metade do dinheiro ilegal retido em território piauiense é de notas de cem. No entanto, notas de 200 reais, também, já começam a ser encontradas. 

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Desde 2017, quando se começou a estatística pelo Banco Central, as apreensões no Piauí crescem um ano e caem no seguinte.  Os destaques ficam por conta dos anos de 2018, quando foram apreendidas 4,3 mil notas falsas, e em 2022, onde 6.110 cédulas falsificadas foram retiradas do mercado. Esse foi um recorde até então e que somadas às notas equivaliam a cerca de R$ 350 mil. 

Foto: Conecta Piauí

Polícia Federal apreendeu mais de R$ 1 milhão em cédulas falsas no Piauí, desde 2017

Já em 2023, foram apreendias no Piauí menos de 1,3 mil cédulas falsificadas, uma queda de quase 400% em relação ao ano anterior, que foi o recorde. Para a Polícia Federal essa queda deve-se as ações junto aos Correios, tendo em vista que muito do dinheiro falsificado tem entrado no comércio dessa forma. Em operações conjuntas, os órgãos atuam para interceptar as remessas de dinheiro falso antes que cheguem ao seu destino final.

“A Polícia Federal tem desempenhado um papel fundamental na redução drástica do número de remessas de moeda falsa por correio. Através de investigações especializadas, a Polícia Federal tem conseguido desmantelar redes de produção e distribuição de dinheiro falso, além de identificar e prender os responsáveis por essas atividades ilícitas”, afirmou o delegado Marco Antonio Nunes, da PF do Piauí. 

Ainda segundo o delegado, essa colaboração dos Correios e a PF se dá por meio de uma troca de informações e de ações conjuntas, visando a identificação e apreensão das remessas suspeitas. “Diante desse cenário, constatamos uma redução crescente de apreensões por esse meio, o que demonstra que as formas de repressão ao referido crime foram e são eficazes”, pontuou o policial. 

Nos três primeiros meses deste ano, foram apreendidos no Piauí  somente 11 notas falsas, deixando o Estado na vice lanterna nas ocorrências, a frente somente de Rondônia com cinco notas recuperadas. O crime de moeda falsa é previsto no artigo 289 do Código Penal Brasileiro (CPP), que prevê pena de reclusão de 3 a 12 anos. Podem ser autuados pelo crime tanto quem produz a moeda como quem adquire.