O Piauí liderou o ranking da inflação da construção civil no Nordeste no primeiro trimestre de 2025. De janeiro a março, o estado registrou uma alta de 2,53% nos custos do setor, segundo dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), do IBGE. O índice coloca o estado como o mais caro para se construir hoje na região e o segundo em todo o país, atrás apenas do Amapá, que apresentou inflação de 3% no mesmo período.

Atualmente, o custo médio do metro quadrado no Piauí é de R$ 1.738,07, o terceiro maior do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia e do Maranhão. No país, a alta da inflação no setor fechou o primeiro trimestre em 1,09%, com o metro quadrado construido sendo cobrado a pouco mais de R$ 1,8 mil. Em março, o índice nacional apresentou variação de 0,35%. A taxa é 0,12 ponto percentual (p.p.) maior do que a registrada em fevereiro, que foi de 0,23%. 

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Foto: José Paulo Lacerda

Construção Civil

Especialistas apontam que o aumento é reflexo do bom momento vivido pelo setor da construção civil no estado, impulsionado por investimentos públicos e privados, além de programas habitacionais e obras de infraestrutura. O crescimento da demanda, por sua vez, tem pressionado os preços dos materiais de construção e os custos com mão de obra, o que justifica a inflação registrada nos primeiros meses do ano.

Com o setor aquecido, a tendência é de que os preços sigam em alta, o que exige atenção de construtoras, investidores e do poder público no planejamento de obras e projetos no estado. Criado em 1969, o Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI) tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.