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Piauí tem a menor taxa de inadimplência do Brasil, com 34,09%

Para especialistas, o desempenho do Piauí pode servir de modelo para outras regiões do Brasil
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Em um cenário nacional onde o endividamento das famílias brasileiras preocupa economistas e gestores públicos, o Piauí surpreende positivamente: o estado registrou a menor taxa de inadimplência do país, com 34,09%, segundo dados mais recentes da Serasa. O índice representa a proporção de adultos com dívidas em atraso em relação ao total da população economicamente ativa.

O dado chama atenção especialmente quando se considera o contexto socioeconômico do Piauí, um estado que ainda enfrenta desafios estruturais no mercado de trabalho e na geração de renda. Mesmo assim, o piauiense tem se mostrado mais comprometido com o pagamento de suas dívidas do que a média nacional, que alcançou 43,75% em abril de 2025.

A explicação para esse bom desempenho está em uma combinação de fatores culturais e econômicos. Analistas apontam que a população do Piauí, historicamente habituada a lidar com recursos limitados, desenvolveu um perfil de consumo mais consciente e cauteloso. Além disso, programas de educação financeira promovidos por instituições públicas e privadas vêm ganhando força no estado, colaborando para a organização das finanças pessoais.

Foto: Joseph Silva/ Conecta PiauíCentro de Teresina
Centro de Teresina

Outro ponto importante é que, mesmo com uma oferta de empregos menor do que em regiões mais industrializadas, os trabalhadores piauienses têm demonstrado grande capacidade de adaptação e informalidade qualificada, garantindo alguma estabilidade de renda. O fortalecimento da agricultura familiar, o avanço das energias renováveis e o crescimento do setor de serviços também têm contribuído para a movimentação econômica no estado.

Para especialistas, o desempenho do Piauí pode servir de modelo para outras regiões do Brasil. “Esse resultado mostra que é possível manter um padrão de consumo saudável e evitar o superendividamento, mesmo diante de limitações estruturais. O Piauí nos ensina que equilíbrio financeiro não depende apenas de renda alta, mas também de educação, disciplina e planejamento”, afirma o economista Márcio Tavares.

O resultado positivo reforça o protagonismo crescente do estado em diversas áreas e é motivo de orgulho para os piauienses. Em tempos de juros altos e crédito restrito, manter as contas em dia é mais do que um diferencial: é uma forma de garantir acesso a melhores oportunidades e serviços no futuro.

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