O Piauí se tornou referência nacional ao registrar o menor tempo médio de espera para atendimento de consultas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme pesquisa realizada pelo Jornal O Globo, tendo como base dados do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), software do governo federal para gerir o acesso à rede pública de saúde do país, o tempo médio de espera no estado é de apenas 10,8 dias, bem abaixo da média nacional de 56 dias.

O resultado coloca o estado na liderança entre todas as unidades federativas pesquisadas e reflete os investimentos contínuos na rede de saúde pública. O Distrito Federal aparece como o local onde mais se demora pra conseguir um atendimento: 150,3 dias.  O desempenho do Piauí é fruto de investimentos realizados pelo governo estadual e pelas gestões municipais, que têm ampliado a estrutura da rede de atendimento. 

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Nos últimos anos, o estado expandiu a quantidade de hospitais, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), descentralizando e agilizando os serviços. Outro fator determinante para a redução das filas foi a implantação do projeto Saúde Digital, que no próximo mês de abril completa dois anos, com quase 400 mil atendimentos realizados.  

O projeto Saúde Digital tem possibilitado um aumento expressivo no número de atendimentos, principalmente com especialistas, permitindo que pacientes sejam atendidos com mais rapidez e eficiência. Com o uso da telemedicina e a digitalização dos serviços, diversas cidades piauienses conseguiram zerar as filas para consultas em determinadas especialidades.

Foto: Divulgação

Piauí tem menor tempo de espera para consultas pelo SUS

O projeto Saúde Digital tem sido um diferencial na ampliação do acesso à saúde em diversas regiões do estado. Por meio da tecnologia, pacientes podem ser atendidos de forma remota por especialistas, reduzindo a necessidade de deslocamento para grandes centros e permitindo que consultas sejam realizadas mais rapidamente.

Os avanços na saúde pública do Piauí mostram que investimentos estratégicos e o uso da tecnologia podem transformar a realidade do atendimento no SUS. Com um tempo médio de espera muito inferior à média nacional, o estado se consolida como um modelo de eficiência na oferta de serviços de saúde para a população. 

O levantamento do jornal mostrou ainda que quase 5,7 milhões de pessoas esperavam uma consulta no SUS e outras 600,4 mil aguardavam uma cirurgia em janeiro deste ano., em todo o país. Os números, porém, podem ser muito maiores. Embora a ferramenta seja a única usada pelo Ministério da Saúde para controlar quem entra e quem sai das filas de atendimento, as informações são incompletas, conforme admite a própria pasta. Especialistas afirmam que o apagão de dados dificulta a criação de políticas públicas.