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Teresina foi sexta capital do país com pior qualidade do ar em 2023, diz estudo

Média de material particulado fino na capital piauiense ficou em 14,77 microgramas por metro cúbico
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Teresina foi a capital nordestina com pior qualidade do ar em 2023, conforme um estudo do Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, divulgado nesta terça-feira (09/07). A média de material particulado fino (MP2,5) na capital piauiense ficou em 14,77 microgramas por metro cúbico (µg/m³), quase três vezes o limite de 5 µg/m³ estabelecido pela OMS, que é a Organização Mundial de Saúde. 

O índice, considerado elevado, ficou ainda em sexto lugar no ranking nacional de poluição no ar, atrás apenas do registrado em São Paulo (36,1 µg/m³), Porto Velho (22,87 µg/m³), Rio Branco (20,25 µg/m³), Manaus (19,71 µg/m³) e Rio de Janeiro (15,66 µg/m³). Não se tem um diagnóstico no estudo para que Teresina tenha alcançado esse nível, porém o aumento da frota, de quase 25% nos últimos cinco anos, pode ser uma explicação.

Foto: ReproduçãoMinistério da Saúde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente
Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente

Recomendado pela Organização Mundial da Saúde, O MP2,5 refere-se a partículas muito pequenas no ar, menores que 2,5 micrômetros, originadas principalmente de veículos, indústrias e queimadas. Devido ao tamanho reduzido, essas partículas podem ser inaladas profundamente nos pulmões, entrar na corrente sanguínea e causar doenças respiratórias, cardíacas e até câncer.

No Estado como um todo, a qualidade do ar no Piauí ficou em 8,97 µg/m³, índice pouco acima do limite imposto pela OMS. O relatório mostra ainda que todas as regiões do país respiram níveis de poluição superiores ao recomendado. A média anual de material particulado fino (MP2,5) no país em 2023 é de 9,9 µg/m³. 

Foto: Maria Clara César/ Conecta PiauíPonte Estaiada, Teresina
Ponte Estaiada, Teresina

De acordo com a última atualização feita pela OMS no banco de dados, em 2022, 99% da população mundial respira níveis insalubres de material particulado fino e dióxido de nitrogênio, capazes de causar impactos cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórios.

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