Teresina tem a pior nota de transparência pública, avalia estudo internacional
Somente a cidade de Vitória (ES) atingiu a nota "ótima" no ranking das capitaisAo lado de Macapá (AP), Teresina apareceu como a capital brasileira com a pior avaliação de transparência pública. O levantamento é do ITGP (Índice de Transparência e Governança Pública) da Transparência Internacional, que avaliou todas as 27 capitais do país utilizando seis critérios: Legislações, Plataformas, Administrativo e governança, Obras públicas, Transparência financeira e orçamentária, e Comunicação, engajamento e participação.
Somente a cidade de Vitória (ES) atingiu a nota "ótima" no ranking das capitais. Teresina (PI) ainda aparece como a capital que não mostra nada sobre as suas obras públicas e, por isso, nem mesmo pontuou neste indicador. Com isso, a média geral de Teresina foi de 31, de 0 a 100, classificada como ruim. As piores avaliações de transparência estão relacionadas a divulgação de gastos com obras públicas.
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O estudo aponta que em anos eleitorais o comprometimento com a transparência deve ser redobrado, já que gastos com obras públicas e "emendas Pix" apresentam riscos de corrupção e podem distorcer a resposta das urnas. Apenas a capital do Espírito Santo atingiu a nota "ótima". Vitória ficou muito acima de todas as outras capitais avaliadas, com a nota 98,6. No Nordeste a melhor capital ficou com Recife, que atingiu 79 pontos.
O estudo mostrou que apenas Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG), dentre as capitais avaliadas, contam com uma plataforma específica com informações completas sobre execução orçamentária, valores pagos e medições do andamento das obras. Teresina não tem essa plataforma. Para a instituição, a falta de transparência em obras e no recebimento de emendas parlamentares pode "distorcer a resposta das urnas”
A Transparência Internacional afirma que os detalhes sobre contratações, licitações,licenças ambientais e concessão de incentivos fiscais concretizam o cumprimento de práticas adequadas para a disseminação de informações públicas. “A falta de mecanismos efetivos de controle e transparência para reduzir os riscos de corrupção nesses setores mostra um claro descumprimento da obrigação dos municípios de prestação de contas”, disse Maria Dominguez, coordenadora na Transparência Internacional.
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