Volume de serviços cresce no Piauí e impulsiona 40% do PIB em 2024
Comércio avança 6,7% com destaque para farmácias e supermercadosO setor de serviços continua impulsionando a economia do Piauí. De cada R$ 10 gerados no estado, R$ 4 vêm desse segmento, que responde por mais de 40% do PIB piauiense. E os números do IBGE confirmam essa força: em 2024, o volume de serviços cresceu 3,5%, superando a média nacional de 3,1%. Esse foi o quarto ano consecutivo de alta.

Os destaques do setor foram os serviços de informação e comunicação (6,2%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (6,2%). Dentro dessas áreas, telecomunicações e tecnologia da informação tiveram papel fundamental no crescimento.
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No comércio, os resultados também foram positivos. As vendas aumentaram 6,7% em 2024, impulsionadas principalmente por farmácias, supermercados e lojas em shoppings. No entanto, o cenário foi diferente no centro de Teresina, onde diversas lojas fecharam as portas ao longo do ano.
Entre as onze atividades do varejo ampliado analisadas pelo IBGE, oito fecharam o ano em alta. O grande destaque foi o segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou um crescimento de 14,2%. Outros setores que tiveram desempenho expressivo foram veículos e motos, partes e peças (11,7%) e artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%).

Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, o varejo começou forte já nos primeiros meses de 2024, sustentando o crescimento ao longo do ano. Apesar de uma leve desaceleração no segundo semestre, o desempenho de outubro foi decisivo para manter a alta, impulsionado pela antecipação da Black Friday e pelas promoções de fim de ano.
"Ao longo do ano, tivemos um aumento da massa de renda, mais pessoas ocupadas e um crédito mais estável. Isso fortaleceu principalmente o primeiro semestre. Já no segundo, fatores como a pressão inflacionária e a alta do dólar começaram a pesar sobre algumas atividades", explicou Santos.
Na visão de economistas, o cenário macroeconômico também favoreceu as famílias, permitindo um melhor planejamento financeiro e ampliando o poder de compra. Além disso, a queda dos juros em 2023 teve reflexos positivos no consumo, especialmente no início de 2024.