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Animais nas pistas provocam óbitos no Piauí e criadores viram alvo da lei

Não é mais possível tratar esses episódios como algo “normal” ou inevitável
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Os acidentes fatais registrados nos últimos dias no Piauí envolvendo animais soltos voltam a expor um problema grave e silencioso: a circulação de animais em vias públicas continua tirando vidas e destruindo famílias. Não é mais possível tratar esses episódios como algo “normal” ou inevitável. Eles têm causa direta e conhecida: a ausência de cuidado e de contenção adequada por parte dos donos dos animais.

Foto: ReproduçãoVítimas de acidentes envolvendo animais no Piauí
Vítimas de acidentes envolvendo animais no Piauí

O caso mais recente foi o do jovem atleta Antony Ylano, de 20 anos, que morreu na madrugada desta segunda-feira (20/10), em Altos, após colidir com uma vaca que estava solta na pista. Dias antes, em Floriano, outro motociclista perdeu a vida depois de se chocar com um cavalo. Em Teresina, na avenida Poty Velho, cenas recorrentes de animais atravessando a via também resultaram em acidentes graves. Nada disso é acaso: são tragédias que poderiam ter sido evitadas.

A legislação já considera esse tipo de situação com a gravidade que merece. O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, já alertou publicamente que proprietários de animais soltos que provoquem acidentes podem responder por homicídio culposo. Isso significa que, havendo morte, não há mais como alegar descuido menor, há responsabilidade direta.

É importante reforçar que desenvolvimento não acontece apenas com obras ou investimentos públicos: ele também depende do comportamento e da consciência coletiva. Estradas mais seguras exigem atitude responsável de quem cria animais, garantindo cercamento adequado, vigilância constante e controle sobre o rebanho. Quem coloca animais na pista, voluntária ou involuntariamente, coloca pessoas em risco.

Que os últimos episódios sirvam como alerta definitivo. Ninguém deveria morrer por causa de um animal solto na rodovia. Manter o rebanho em segurança é mais do que um dever civil, é um ato de responsabilidade humana. O Piauí não pode continuar perdendo vidas para acidentes evitáveis. A prevenção começa onde nasce o problema: com quem tem a obrigação legal e moral de cuidar dos animais que cria.

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