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CGE abre processo contra servidora após denúncia infundada de assédio moral

O órgão decidiu instaurar uma nova apuração para investigar a conduta da denunciante

O Diário Oficial do Estado publicou, no início deste mês, uma decisão que lança luz sobre os bastidores da administração pública e reacende o debate sobre responsabilidade e verdade no serviço público. A Controladoria-Geral do Estado do Piauí (CGE-PI) decidiu instaurar, por iniciativa própria, um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Assuena Alvarenga Gomes Pereira, auditora ambiental concursada da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

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Assuena Alvarenga Gomes Pereira, auditora ambiental concursada da Semarh

O motivo da abertura do processo é grave: a denúncia de assédio moral feita pela servidora contra gestores da Semarh não se sustentou. Após uma análise minuciosa de documentos, depoimentos e das circunstâncias relatadas, a CGE concluiu que não há qualquer indício que comprove o suposto assédio moral.

Diante da ausência de provas, o órgão de controle interno não apenas arquivou a denúncia, foi além. Considerando a gravidade de uma acusação sem respaldo, decidiu instaurar uma nova apuração para investigar a conduta da denunciante, verificando se houve má-fé ou tentativa deliberada de difamar servidores públicos.

O processo administrativo, que deve ser concluído em até 60 dias, poderá resultar em penalidades que variam de advertência até demissão do cargo público, conforme o resultado das investigações.

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CGE abre processo contra servidora após denúncia infundada de assédio moral

Entre os citados na denúncia estava o secretário de Meio Ambiente, Feliphe Araújo. O caso da Semarh chama atenção por expor um problema silencioso, mas recorrente: o uso irresponsável dos mecanismos de denúncia. Instrumentos criados para proteger o servidor não podem ser transformados em ferramentas de perseguição ou revanchismo.

Ao agir de ofício, a CGE envia um recado firme, a integridade institucional também exige proteger a verdade e os inocentes. Em tempos de versões e disputas narrativas, o episódio reforça uma lição antiga, mas essencial: a verdade resiste ao tempo, e, no fim, sempre prevalece.

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