Justiça inocenta vizinha acusada de envenenar crianças em Parnaíba
Decisão judicial confirma que mulher não teve envolvimento nas mortes ocorridas em 2024A Justiça do Piauí inocentou, nesta terça-feira (14), a vizinha das crianças que morreram após serem envenenadas em Parnaíba, litoral do estado. A mulher havia sido apontada como suspeita no caso ocorrido em agosto de 2024, mas a decisão judicial confirmou que ela não teve qualquer envolvimento nas mortes.

Segundo o Tribunal de Justiça, a acusada foi alvo de investigações intensas, mas não foram encontradas provas que a ligassem diretamente ao crime. A defesa sustentou desde o início que a mulher não estava presente no local no momento do envenenamento e que não tinha qualquer relação com os fatos que levaram à tragédia.
O caso ganhou grande repercussão na época, após duas crianças morrerem e outras apresentarem sintomas graves de intoxicação. A Polícia Civil chegou a conduzir diligências na residência da vizinha, o que gerou comoção e especulações entre moradores da região.
Com a decisão, a mulher foi oficialmente retirada do processo e não responderá mais judicialmente pelo caso. A Justiça reforçou que a responsabilização por crimes deve ser baseada em provas concretas, e não em suposições ou pressão popular.
Durante o anúncio da decisão, Sammai Cavalcante, advogado de defesa declarou:
“Venho dessa notícia com alívio, com satisfação, com o sentimento de dever cumprido. Acompanhei todo o sofrimento da Lucélia, todo o sofrimento da família, fomos combatidos no processo, e hoje é um dia em que todo o trabalho mostra o resultado. Lucélia declarada inocente pelo estado judiciário do Piauí. Iniciaremos de novo o capítulo na vida dessa mulher que tanto sofreu, e vamos em busca das reparações, não por sensacionalismo, mas por merecimento.”
A investigação sobre o envenenamento das crianças continua, agora com foco em outras linhas que possam esclarecer o que de fato ocorreu. A Polícia Civil informou que novas perícias estão sendo realizadas e que o caso permanece em sigilo para não comprometer o andamento das apurações.