Plantão Policial

Influenciador alvo de operação no Piauí se manifesta e tira foto em loja vazia

O ex-mecânico movimentou cerca de R$ 3 milhões em três anos com rifas consideradas ilegais

O influenciador João Vitor Almeida Pereira, conhecido como Vitor Mídia, voltou às redes sociais nesta sexta-feira (21/11) após ser alvo da Operação Laverna, deflagrada em Parnaíba pela Polícia Civil do Piauí . O ex-mecânico, que segundo a investigação movimentou cerca de R$ 3 milhões em três anos com rifas consideradas ilegais , publicou uma foto dentro de sua loja, agora completamente vazia após as apreensões realizadas pela polícia.

A operação mira influenciadores suspeitos de divulgar rifas clandestinas e de promover plataformas de jogos ilegais , como o chamado “Jogo do Tigrinho”. Durante o cumprimento dos mandados, os agentes recolheram dois carros de luxo e encontraram uma arma de fogo na residência do influenciador . Vitor afirmou possuir registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e declarou que todas as rifas promovidas em seu perfil são legítimas.

Em vídeo publicado após a ação, o influenciador comentou sobre o episódio: “Em relação ao que aconteceu, tô tranquilo. Não teve nenhum desrespeito a mim como pessoa. Os policiais estão fazendo o trabalho deles, mas houve uma falta de informações que vai ser esclarecida o quanto antes. A gente tá disposto a contribuir com isso”, pontuou.

Vitor reforçou que pretende colaborar com a investigação e que eventuais prejuízos serão ressarcidos. Também pediu que participantes das rifas se manifestem: “Peço que meus ganhadores retribuam toda a gratidão que vocês têm pelo meu trabalho. É a hora dos meus ganhadores aparecerem. Todos os prêmios foram entregues”, finalizou.

Segundo o delegado Ayslan Magalhães, João Vitor trabalhava em uma oficina em 2022 e passou a divulgar rifas no ano seguinte , ganhando grande alcance nas redes sociais. A Polícia Civil aponta que a movimentação financeira do influenciador, aliada à ausência de declaração de renda compatível e ao uso de empresas ligadas a pagamentos digitais associados a jogos ilegais , reforça suspeitas de crimes financeiros.

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