Mensagem expõe convite à suposto ‘racha’ de motorista que matou mulher em Teresina
Nas mensagens João usa o termo ‘pisar’ para se referir a uma possível corrida entre carros
Uma troca de mensagens revelou um suposto convite de ‘racha’ realizado pelo motorista João Henrique Soares Leite Bonfim , de 22 anos, envolvido na morte de Laurielle da Silva durante um acidente registrado na madrugada desse domingo (01/12), no cruzamento das Avenidas Nossa Senhora de Fátima e Jóquei Club, zona Leste de Teresina. Nas mensagens João usa o termo ‘pisar’ para se referir a uma possível corrida de carros por avenidas da capital.
Nas mensagens João Henrique conversa em um grupo no WhatsApp, sugerindo uma corrida de Teresina até a cidade de Altos. Em certo momento o motorista, que vitimou a mulher e deixou o marido dela gravemente ferido, chega a dizer que já chegou à velocidade de 190 km/h e disse que colegas estariam com receio de realizar o suposto ‘racha’.
“[...] Cadê alguém pra pisar. Aff. Aq antigamente a glr era raiz. [...] Pois vamo pisar dq pra Altos, pra eu vê a frente desse carro. [...] Só nas manha, porém eu podia pisar oq fosse não passava de 190 km/h, não sei pq, tava tanque cheio de gaso, sem etanol...”, disse João em trechos das mensagens.
No dia do acidente, João Henrique Soares Leite Bonfim, foi flagrado recebendo apoio de uma mulher após atropelar um casal que trafegava em uma motocicleta. Com Laurielle da Silva caída ao chão devido à colisão, o suspeito alegou estar sendo alvo de ameaças e pediu que não fosse filmado.
Laurielle da Silva morreu no local do acidente , enquanto seu companheiro, Francisco Felipe Oliveira Duarte, permanece internado em estado grave no HUT. Em um novo vídeo que circula nas redes sociais nesta segunda-feira (02), João Henrique se dirige à mulher, chamando-a de mãe, enquanto ela questiona em tom de desespero: "O que você fez, João?".
O motorista foi preso em flagrante e encaminhado à Central de Flagrantes. Na tarde deste domingo, o juiz Marcus Klinger Madeira de Vasconcelos determinou sua prisão preventiva . No despacho, o magistrado destacou que o estudante de direito já havia se envolvido em outro acidente de trânsito na capital. De acordo com a polícia, João apresentava sinais de embriaguez no momento da colisão e, conforme apontado pela Justiça, estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida.