Delegada esclarece caso de cabelereira trans que foi encontrada morta em Teresina
Ao todo, três pessoas foram presas suspeitas de participar do assassinato da cabeleireiraA delegada da Delegacia de Feminicídio da Polícia Civil do Piauí (PC-PI), Nathália Figueiredo, deu detalhes sobre o caso da cabelereira trans identificada como Aryadina Montenegro, de 23 anos, assassinada no dia 22 de agosto de 2024. Ela foi encontrada morta no bairro São Joaquim, zona Norte de Teresina, com o rosto desfigurado e sinais de espancamento.

Segundo a delegada, três prisões de maiores de idade envolvidos no crime foram realizadas. Um menor de idade também foi apreendido. "Ao todo, foram realizadas três prisões de maior idade. Eles foram iniciados por homicídio com três qualificadoras, motivo torpe, meio cruel, sem chance de defesa à vítima, além disso, organização criminosa e também cooptação de menores, tendo em vista que eles praticaram o crime com um menor de idade", explica. Ela também acredita que, até o fim da semana, o inquérito esteja concluído
A delegada diz que as investigações ainda não determinaram a real causa do crime, porém, o bairro onde Aryadina foi assassinada está sob controle deuma facção criminosa, o que pode ser um indicativo da razão do crime. "Não tivemos elementos suficientes que nos trouxessem que a vítima seria envolvida com facção criminosa, no entanto, o fato de ela residir em um bairro que era de uma facção rival a deles [os envolvidos no crime] foi encontrado como um dos motivos", comenta.
Nathália Figueiredo explica que não houveram provas que indicassem que o crime seria motivado por transfobia. A delegada diz que os presos até o momento negam a participação no assassinato de Aryadina, porém, a polícia já possui elementos suficientes que comprovam o envolvimento dos suspeitos.
Prisão do primeiro suspeito
Orlando Silva foi preso no dia 15 de agosto, suspeito de assassinar Aryadna Montenegro no dia 21 de julho, no bairro São Joaquim, na zona Norte de Teresina. Na época, a vítima foi encontrada com o rosto desfigurado e sinais de espancamento.

Conforme as autoridades, o suspeito negou ter envolvimento no crime, mas contradições no depoimento garantiram sua prisão temporária. Ainda de acordo com o DHPP, Orlando tem passagens por três homicídios, sendo conhecido na região como Magnata.
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