Suspeito de feminicídio tem prisão domiciliar concedida mas família não o aceita
Suspeito matou ex-esposa, queimou casa da vítima com filho dentro e tentou cometer suicídioO desembargador Pedro de Alcântara Macêdo concedeu prisão domiciliar a Marcos Fortes de Sousa, suspeito de feminicídio contra a ex-mulher e homicídio qualificado contra o enteado, além de tentativas de feminicídio contra a ex-sogra e a ex-cunhada. Após o crime, ele ateou fogo na residência da vítima e atentou contra a própria vida. Porém, o alvará de soltura ainda não foi cumprido, pois não foi encontrado um local adequado para sua prisão domiciliar e nenhum familiar aceitou recebê-lo.

Os crimes ocorreram em 3 de maio, no município de Altos. A decisão do desembargador se baseou em laudos médicos que mostraram que Marcos Fortes teve 80% do corpo queimado e apresenta graves sequelas, necessitando de ajuda para se locomover e se alimentar. A defesa alegou que o sistema prisional não poderia atender suas necessidades médicas.
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Além da prisão domiciliar, o desembargador Pedro de Alcântra determinou uma medida cautelar que proíbe contato entre o suspeito e as vítimas.

De acordo com a penitenciária, todos os familiares de Marcos Fortes, residentes dos municípios de Altos, Campo Maior e José de Freitas, recusaram conceder abrigo para ele. Sua mãe mora no Rio de Janeiro e também se recusou a recebê-lo.
Foi solicitado à Defensoria Pública, responsável pela defesa do suspeito, que sejam tomadas medidas para encontrar um local adequado para o cumprimento da prisão domiciliar de Marcos ou que algum abrigo voluntário se disponibilize para acolhê-lo.
RELEMBRE O CASO
Um homem identificado apenas como Marcos 'Pipoca' matou a ex-esposa e incendiou a casa da vítima que estava com uma criança dentro, filho da vítima, que acabou sofrendo queimaduras graves pelo corpo. Além disso, a mãe da ex-mulher também sofreu ferimentos. Na sequência, o homem cortou o próprio pescoço. O caso ocorreu na noite do dia 3 de maio na cidade de Altos.
A principal suspeita é de que o homem não aceitou a separação e cometeu o crime. Mesmo com o corte na garganta, Marcos foi socorrido e encaminhado ao Instituto de Saúde José Gilbarbosa, onde familiares e amigos das vítimas se reúnem na entrada para tentar atacar o homem.